O economista e analista político Tony Boza considera que esse reconhecimento e o compromisso dos setores opositores de trabalhar com o governo é uma vitória para todos os venezuelanos.
Em declarações à Agência Venezuelana de Notícias (AVN), Boza sustentou que 'é uma vitória não para o chavismo, mas uma vitória para toda Venezuela, porque a primeira coisa a ser feita para conseguir derrotar a guerra econômica é aceitar que ela existe, e em torno disso chegarmos a um acordo sobre quais são os elementos (a abordar)'.
Durante o diálogo que sustentaram nesta capital no último sábado, 12 de novembro, os representantes do Governo Nacional e da oposição venezuelana concordaram em assumir um roteiro que permita normalizar a relação entre os poderes do Estado e aplicar medidas para superar a conjuntura econômica nacional.
Há várias ideias para dar respostas a um problema que afeta especialmente os venezuelanos de baixa renda e originários, entre outros, pela baixa nos preços do petróleo e ações desestabilizadoras como o ataque à moeda, o boicote financeiro e as ações de sabotagem, especulação, concentração e contrabando, estimou.
Na opinião do analista, a oposição não deve interferir nem entorpecer as decisões implementadas pelo presidente da República, Nicolás Maduro, eleito pelos venezuelanos para levar as rédeas do país nas áreas primordiais, inclusive a econômica.
A oposição tem o direito político de propor, mas evidentemente todas as decisões são do Executivo, acrescentou Boza.
No último encontro entre os negociadores foi aprovado um documento onde ficaram estabelecidos os acordos pontuais entre o Governo e a oposição.
Ambas partes concordaram em priorizar a curto prazo a adoção de medidas voltadas ao abastecimento de medicamentos e alimentos sobre a base de contribuir para promover sua produção e importação.
Meios políticos e de imprensa estimam que a solução da problemática econômica está no centro do problema.
Além disso, a população aplaude de pé qualquer medida que seja adotada para poder levar os alimentos aos seus lares, que é sem dúvida a maior preocupação agora da maioria dos venezuelanos.
Nesse cenário de agressão econômica há uma grande influência da queda, desde o final de junho de 2014, dos preços dos hidrocarbonetos em mais de 60%, ainda que as previsões apontem que se aproxima um período de estabilidade, onde os preços do petróleo oscilarão entre 50 e 60 dólares o barril.