[Elaine Tavares] O golpe judiciário/midiático consolidado nessa quarta-feira, dia 11 de maio, no Brasil, encerra um ciclo na América Latina, que ficou marcado pela presença poderosa e carismática de Hugo Chávez. Liderança inconteste de transformações populares no continente, Chávez alavancou um período histórico para as gentes dessa parte do mundo. Participação protagônica, soberania, cooperação, solidariedade, elementos fundamentais para a organização de outra forma de viver. Não foi sem razão que o combate contra suas ideias foi igualmente poderoso e, passo a passo, consolidou a derrota da ideia generosa da pátria grande, trazida ao sul do mundo outra vez. A primeira fora com Bolívar, também derrotado pela sede de poder particularista de seus generais.
[João Guilherme A. de Farias*] Da “ministra motosserra” para o “barão da soja”, o Ministério da Agricultura é a casa-grande por onde caminham livremente os representantes do agronegócio. Blairo Maggi é o seu mais novo anfitrião.
[Rafael Silva] O novo golpe da velha oligarquia brasileira contra a presidenta democraticamente eleita, que, hoje, 12 de maio de 2016, afasta-a oficialmente do seu cargo por seis meses, não faz de Dilma Rousseff a maior vítima desse momento farsesco. A atual senhora, que quando jovem foi torturada pela ditadura militar por lutar pela democracia, outro destino não terá senão a absolvição histórica. As maiores vítimas, na verdade, estão antes e depois dela: em uma ponta, os 54.501.118 de cidadãos que votaram em Dilma e no seu projeto de país, e, na outra, a própria democracia. Eu, cidadão brasileiro que votei em Dilma, não tenho como deixar de pensar e sentir que o golpe é contra mim.
[Alejandro Acosta] Para compreender a atual situação política do Brasil no que diz respeito ao golpismo, à crise política e econômica, primeiramente, é preciso entender o que está acontecendo no mundo. Na América Latina, e especificamente no Brasil, quem domina é o imperialismo, fundamentalmente o imperialismo norte-americano. Desconhecer a situação internacional ou análises erradas, somente pode levar a conclusões erradas.
[Alejandro Acosta] Desde o Ato de 1° de maio que, supostamente, marcava o início do calendário de mobilizações proposto pela CUT e pela cúpula do PT para o combate ao golpismo e o avanço da direita no Brasil não tem restado dúvidas de que a debilidade e a profunda burocratização das lideranças sindicais e populares representa um fator de contenção dos trabalhadores.
[Hamilton Octavio de Souza] O enfrentamento do governo de transição de Michel Temer exige nova articulação e nova tática de luta das forças de oposição, que precisam ao mesmo tempo descartar a volta de Dilma e a candidatura Lula em 2018.
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