[Alejandro Acosta] Para o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, é indispensável que se elimine a indexação de qualquer benefício, inclusive aposentadorias e auxílios a pessoas deficientes, ao valor do salário mínimo. Isso significa que o salário mínimo da aposentadoria poderá ser inferior ao salário mínimo dos trabalhadores da ativa.
[Alejandro Acosta] O aprofundamento da crise capitalista mundial tem aumentado a escalada da ofensiva do imperialismo para fazer com que os povos de todo o mundo, principalmente a classe operária, em particular dos países atrasados, paguem pelo ônus da crise para que os monopólios mantenham os lucros.
Segundo a historiografia oficial e oficiosa, grosso modo, as forças políticas brasileiras – e latino-americanas, em geral – dividir-se-iam, de bom grado, em dois grandes blocos: liberais doutrinários vs. autoritários instrumentais; luzias vs. saquarema; conservadores entreguistas vs. nacionais desenvolvimentistas; coxinhas e petralhas. Nada novo sob o sol. Contudo, a dicotomia não resiste à prova. Não apenas no sentido de que outras forças diabolizam essa simbologia bipartidária, borrando o espectro, mas também pelo fato de que, como alertava Gabriel Garcia Marquez, “nada mais parecido com um conservador do que um liberal no poder”. Não afirmamos a identidade entre Michel Temer e Dilma Rousseff, diga-se de uma vez. Apenas pontuamos a necessidade de saber de quais diferenças se tratam. Afinal de contas, o que temer?
Aos 80 anos, há algum tempo estabelecido na Alemanha, o historiador Luiz Alberto Moniz Bandeira acompanha à distância, embora avidamente, o complô para retirar Dilma Rousseff do poder. Aquele de 1964, o acadêmico nascido em Salvador sentiu na pele e na alma, como preso político e exilado. A maneira de derrubar um mandatário eleito mudou desde então, aponta, mas os interesses envolvidos continuam os mesmos. Prestes a lançar um novo livro, A Desordem Mundial, pela Civilização Brasileira, Moniz Bandeira enxerga interesses internacionais no impeachment de Dilma Rousseff. “O golpe é orientado de fora”, afirma na entrevista a seguir.
"Em função da Medida Provisória 726 de 12 de maio de 2016m que extingue o Ministério da Cultura (MinC) e o incorpora ao Ministério da Educação (MEC), e a partir das assembleias realizads com os servidos da Pasta da Cultura nos dias 16 e 17" a Associação dis Servidores do Ministério da Cultura (ASMinC) manifesta-se "radicalmente contra o rebaixamento da área Cultural e a exinção do MinC".
[Felipe Milanez] Cacique babau e Victoria Tauli Corpuz: a relatora da ONU vê com preocupação a configuração do novo governo. Divulgação / Cimi.
[Rafael Silva] Um governo é um projeto de sociedade. E a “cara” desse governo está em todo e cada ato dele, inclusive na publicidade que o inaugura. O logotipo-lema com o qual um governo se apresenta à sociedade já diz quem ele é e com quem deseja falar. Nesse momento brasileiro de transição de governos, somos apresentados ao logotipo-lema do governo -golpista- de Michel Temer que, ilegitimamente, afastou o governo Dilma Rousseff, que, outrossim, iniciou seu governo com seu logotipo-lema próprio. Então, vale analisar a primeira “cara” com que cada um deles se apresentou à sociedade brasileira, suas logo-lemas inaugurais, pois já aí podemos ver o que está e o que não mais está em jogo na mudança de projeto de sociedade que golpe o tupiniquim inaugura.
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