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Diário Liberdade
Sexta, 31 Mai 2019 01:06 Última modificação em Terça, 18 Junho 2019 00:51

EUA arriscam-se a perder fornecimento de terras-raras na guerra comercial

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País: China / Laboral/Economia / Fonte: Diário do Povo

Ao avançar para uma guerra comercial contra a China, os EUA arriscam-se a perder o fornecimento de materiais vitais à manutenção da sua capacidade tecnológica.

A China produz a maioria das terras-raras do mundo – elementos químicos com propriedades magnéticas usados num alargado leque de produtos eletrônicos e de consumo.

Embora relativamente desconhecidos, os elementos das terras-raras são os materiais que ajudam a iluminar o seu celular, tornam possíveis os raios-x e asseguram o uso seguro de reatores nucleares.

Enquanto maior fornecedor mundial de tais materiais, a China sempre defendeu os princípios de abertura, coordenação e partilha no desenvolvimento da sua indústria de terras-raras.

Apesar da resposta à demanda doméstica ser prioritária, a China está disponível a tentar satisfazer a demanda mundial por terras-raras, contanto que o seu uso se deva a motivos legítimos.

“Estamos felizes por constatar que as terras-raras e materiais relacionados podem ser usados para todo o tipo de produtos avançados que possam ajudar a melhor satisfazer a demanda por uma vida melhor por parte de pessoas de todo o mundo”, disse um oficial da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma.

No entanto, se alguém procurar usar as terras-raras contra a China, o povo chinês não o irá aceitar.

Ao tomar ações unilaterais para conter o desenvolvimento tecnológico de outros países, os EUA parecem ter omitido um fato: a cadeia de fornecimento internacional está de tal modo interligada que nenhuma economia pode sobreviver por si só.

De acordo com um inquérito geológico dos EUA, entre 2014 e 2017 os EUA importaram 80% das suas terras-raras da China.

Com o avanço da revolução tecnológica e industrial, as terras-raras deverão ser aplicadas em mais áreas, e o seu valor estratégico tornar-se-á mais proeminente, disse o oficial.

A China reiterou a sua posição na promoção do multilateralismo e tentou evitar uma guerra comercial que ponha em causa os interesses públicos.

Porém, se necessário, a China tem várias cartas que pode colocar em jogo.

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