Metroviários e rodoviários paralisaram suas atividades em São Paulo, assim como os trabalhadores da educação municipal e estadual e de algumas escolas particulares, além dos servidores da saúde. Uma grande manifestação, na qual compareceram cerca de 200 mil pessoas, lotou a Avenida Paulista na tarde de ontem. Em diversas cidades do interior do Estado, houve protestos e paralizações, a exemplo do atraso na entrada ao trabalho dos trabalhadores da General Motors e da Embraer em São José dos Campos, paralisação por 24 horas dos metalúrgicos da montadora Cherry em Jacareí, greve dos operários da Volks em São Bernardo do Campo, petroleiros da Refinaria Capuava em Mauá, portuários de Santos e rodoviários de Guarujá, Santos, Praia Grande e Cubatão.
Mais de 100 mil manifestantes participaram da passeata que caminhou da Candelária à Central do Brasil no centro do Rio de Janeiro. Trabalhadores da Refinaria Duque de Caxias (Baixada Fluminense) atrasaram a entrada no trabalho, e os Correios da cidade do Rio não funcionaram. No interior do Estado, houve bloqueio de estradas, como no caso de Campos, e paralisações de categorias, a exemplo dos trabalhadores da Educação da rede municipal de Nova Friburgo, bancários e servidores de universidades em várias cidades.
Ato público reuniu cerca de 80 mil pessoas em Belo Horizonte (MG) e houve paralisações das atividades de professores estaduais e municipais, metroviários, servidores publicos federais, eletricitários e correios. Os petroleiros de Betim cruzaram os braços e aconteceram atos e manifestações em muitos municípios do interior. Por volta de 30 mil manifestantes foram às ruas de Juiz de Fora protestar contra as medidas do governo ilegítimo.
Em todas as capitais dos estados brasileiros ocorreram manifestações, que mobilizaram milhares de pessoas: Recife (40 mil), com paralisações dos funcionários do metro, do VLT, professores muncipais e interrupção das estradas pelos movimentos de luta pela moradia; Porto Alegre (10 mil), com greves dos bancários, trabalhadores do correios, do DMAE (Departamento Municipal de Água e Esgotos), educação municipal; Curitiba (50 mil), com paralisações de metalúrgicos, rodoviários, carteiros, bancários, servidores das universidades federais, servidores municipais, professores e funcionários da educação estadual, professores da rede municipal, agentes penitenciários, policiais civis, servidores da saúde estadual, petroleiros e ocupação de escolas por estudantes; Salvador (30 mil) e suspensão do trabalho nas redes municipal e estadual de educação, alguns colégios particulares, UFBA e UNEB; Fortaleza (30 mil), com greves da construção civil, das empresas de ônibus, em escolas da rede estadual e municipal, sendo que a manifestação unificada foi convocada por todas as Centrais Sindicais, Frente Brasil Popular, Frente Povo sem Medo e Bloco de Esquerda Socialista. Também ocorreram protestos e paralisações em Belém, Natal, Brasília e Goiânia.
Em todas as manifestações, a militância do PCB, da Unidade Classista, da UJC, do Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro e do Coletivo Comunista LGBT marcaram presença com muita garra e disposição. Este é caminho para derrotar o governo golpista de Temer e resistir aos ataques promovidos pela burguesia aos direitos dos trabalhadores. É preciso manter a mobilização e acumular para a realização de uma greve geral, meio mais eficaz para enfrentar a sanha do capital. Pelo Poder Popular, no rumo do Socialismo!