Toda essa movimentação contra a liderança dos partidos de esquerda usa a corrupção como pretexto. É sob ela que os golpistas justificam a destruição a que vêm condenando o País. Os grupos que se opõem ao avanço direitista são logo lançados ao jugo do Judiciário – desde blogueiros independentes (como Eduardo Guimarães) até partidos inteiros (como o PT e o PCO).
Até pouco tempo queriam cassar o registro do PCO no TSE, sob argumentos totalmente montados para justificar a farsa. Os argumentos são sempre muito importantes, pois é com eles que a direita tenta legitimar seus ataques. Para colocar o partido contra a parede, os golpistas alegaram problemas na prestação de contas, alegando não terem sido detalhadas coisas como a função de um advogado (!). Segundo eles, era preciso esclarecer por que se contratou um profissional que assegurasse os interesses do partido ante o Estado. Podemos ver, assim, o nível da justificativa da direita.
Não cassaram o PCO, mas impuseram uma série de penalidades. Agora querem prender Rui Costa Pimenta, presidente do PCO. Não é coincidência toda essa articulação contra o partido – um dos que mais promovem resistência ao golpe de Estado, de modo que, assim agem os direitistas, deve ser tirado de cena. Argumentaram que Rui Pimenta estaria incitando a desordem pública. Como dito acima, sempre há uma falsa justificativa. Prender Rui é tirar de cena uma liderança operária contra os fascistas.
Por isso a importância da luta contra a prisão de Lula. Se os fascistas prendem Lula, prenderão em seguida todas as direções da organizações operárias. Impedir a prisão de Lula é, acima de qualquer coisa, uma tarefa de autodefesa: depois dele somos nós. Dessa forma, conclamamos a todas as organizações operárias e progressistas a lutar contra a prisão do ex-presidente Lula e de Rui Costa Pimenta, combatendo os avanços da direita fascista contra a classe trabalhadora.