Através dos informes também ficou evidente a vontade de paralisar da base dos trabalhadores. Em inúmeros locais de trabalho a adesão às propostas de paralisação foram acatadas massivamente pelos trabalhadores em assembleias. Uma demonstração de disposição para lutar da classe trabalhadora contra o governo e reformas de Temer. A própria disposição de mobilização dos sindicatos tradicionais também reflete a pressão que estão sofrendo de suas bases. Até a Força Sindical, que em Campinas dirige o sindicato dos rodoviários, e que foi base de apoio do golpe institucional, e por isso também é responsável pelos ataques que estamos sofrendo, agora é obrigada a se mobilizar. Mesmo com a trégua de um mês que a CUT deu ao governo, não foi o suficiente para esfriar o clima e desanimar os trabalhadores. Enquanto isso Temer e seu governo de golpistas tenta aproveitar ao máximo a trégua para fazer passar as principais reformas antes do dia 28.
Em Campinas existe a possibilidade real de uma paralisação massiva, que supere a do dia 15, e unifique praticamente todos os setores e ramos de trabalhadores da cidade. Os trabalhadores dos Correios, que também decidiram em assembleia se somar as mobilizações do dia 28, já estarão em greve a partir do dia 26, podendo ser uma das greves mais importantes que a categoria já enfrentou, lutando contra 20 mil demissões, privatização e direito às férias. A unificação das lutas e das categorias da cidade em ações que paralisem as principais atividades econômicas que carregue consigo os anseios de toda a população na defesa de nossos direitos podem ser uma ação exemplar na cidade.
Mas as ações do dia 28 não podem ser seguidas de mais uma trégua. O dia 28, mais importante do que tudo, deve ser um dia que marque o início de uma mobilização ainda mais forte e profunda, que rompa com o sindicalismo corporativista e rotineiro, que inflame os trabalhadores a se libertarem das amarras de contenção da burocracia sindical para se rebelarem contra o governo golpista, as reformas trabalhistas e seus patrões.
Nós do Esquerda Diário e militantes do Movimento Revolucionário de Trabalhadores estamos convocando amplamente a paralisação geral do dia 28 de abril. Convocamos a todos que estejam indignados com as reformas trabalhistas e da previdência a se rebelarem, se organizarem em seus locais de trabalho e declarar guerra ao governo golpista de Temer.
Convidamos a todos a participar do encontro que faremos em Campinas para preparar as ações da paralisação geral no dia 23/04, domingo, às 13h no endereço Av. Coaciara, 832, Pq. Universitário.