Já surgem provas e testemunhas (ex-empregados) que prestaram serviço para empresas de “marketing digital”, uma fachada para a disseminação de informações por meio de perfis falsos. Números dão conta de uma inundação no Brasil de milhares de perfis falsos. Os críticos afirmam que esses perfis podem ser tratados como “ciborgues”, uma “evolução” dos já conhecidos robôs ou bots operados por algoritmos e uma infinidade de aplicativos que fazem monitoramento da atividade na rede. A diferença é que os “ciborgues”, essencialmente são operados por homens e mulheres das mais diversas camadas sociais por salários que variam entre R$ 800,00 (oitocentos reais) a R$ 2,000,00 (dois mil reais). É o que apresenta uma reportagem da BBC-Brasil.
A inundação da rede brasileira pelos “ciborgues” é um fato, uma consequência do que já foi amplamente utilizado na eleição para a Casa Branca nos EUA, onde o candidato da extrema direita Donald Trump saiu vencedor. No Brasil, os golpistas fazem uso do poder econômico para apresentar em boas luzes os seus desmandos e junto com a sua assessoria de imprensa e com vários “ciborgues”, inundam as redes sociais com comentários positivos, e favoráveis aos seus interesses, quando na realidade uma fraude está sendo cometida e o internauta é forçado a acreditar, pelo volume de interações positivas, que determinado conteúdo é aprovado por uma maioria que não existe.
Os partido e políticos que mais se beneficiaram dos perfis falsos (ou “fakes”) são os mesmos que capitanearam o golpe de 2016 no Brasil. São eles Eunício Oliveira (PMDB-CE), os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Renan Calheiros (PMDB-AL), Eduardo Braga (PMDB-AM) e Ricardo Ferraço (PSDB-ES), o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB), o secretário municipal de Urbanismo, Infraestrutura e Habitação do Rio de Janeiro, Índio da Costa (PSD), o ex-prefeito de Vila Velha (ES) Rodney Miranda (DEM), o ex-senador Gim Argello (DF) e o ex-deputado estadual Felipe Peixoto (PSB-RJ) dentre outros pelo Brasil.
As empresas citadas nas denúncias são a PVR Propaganda e Marketing, e a Facemedia. Juntas, receberam mais de um milhão de reais dos vários partidos e mandatos parlamentares citados, onde todos apontam que o único serviço prestado foi o de “monitoramento” da rede. O fato é que muito dinheiro está sendo gasto com esta modalidade para manipular a opinião pública, não bastasse a manipulação das informações promovida cotidianamente pela imprensa burguesa em suas formas mais tradicionais, e pelas matérias identificadas como falsas.
Para quem ainda pudesse ter dúvidas, está dada a prova: ninguém gosta da direita, a não ser ela própria fingindo ser outras pessoas.