Essa tendência aparece também nas cada vez mais frequentes manifestações espontâneas em diferentes setores sociais a favor de Lula. A proximidade das eleições aumenta as manifestações favoráveis ao ex-presidente.
Os golpistas sabem de tudo isso e correm contra o tempo para resolver as divisões internas e firmar um candidato oficial do golpe que seja capaz, não de ganhar de Lula, mas de aparecer com certa legitimidade em uma eleição que será uma das mais fraudadas da história.
O apoio a Lula é a expressão de uma mobilização e uma rejeição massiva contra o golpe de Estado. Contra toda a burguesia, que procura isolar completamente Lula, inclusive com a ajuda de alas de dentro do próprio PT que defendem abandonar sua candidatura em troca de um plano B nas eleições, o povo defende Lula. Esse fato por si só deve ser entendido como uma tendência latente a uma mobilização revolucionária das massas, que ainda não aparece na superfície mas está presente na situação.
Este é o principal fator da crise do regime golpista que não consegue firmar uma candidatura própria que tenha legitimidade depois das eleições para impor medidas ainda mais duras do que as que Temer vem implantando.
A tarefa mais importante do momento é impulsionar essa tendência à mobilização. Esse é o papel da luta pela candidatura de Lula e por sua liberdade. Recuar diante da ofensiva da direita, que está cada vez mais debilitada, é entregar a vitória ao inimigo.