Protestos de rua em diversas capitais foram realizados ao longo do dia, com destaque para o ocorrido na Avenida Paulista, em São Paulo, com a participação de mais de 6 mil manifestantes, segundo os organizadores. Pela manhã, o ato se dirigiu para a frente da sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), onde dirigentes sindicais discursaram contra os ataques à classe trabalhadora por parte do governo e dos empresários.
“Não permitiremos que esse governo golpista avance nos nossos direitos. Nosso aviso está dado, se mexer com a classe trabalhadora, nós vamos parar esse país”, advertiu o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre.
Por outro lado, o presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, chamou pela união da classe trabalhadora. “É fundamental que nos juntemos. Esse é só o primeiro de diversos atos que vão provocar uma paralisação nacional. Por trás desse discurso da modernidade do trabalho, há propostas como jornada de 80 horas semanais de trabalho.”
As fortes críticas são em relação às medidas pretendidas pelos que assumiram o controle do país. O governo Temer já sinalizou diversas vezes ataques aos direitos trabalhistas como aumento da idade mínima para aposentadoria e flexibilizações tais como o aumento da jornada de trabalho, cogitado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).
O Dia Nacional de Mobilização e Luta por Emprego e Garantia de Direitos, como foi chamado pelas entidades sindicais, reuniu a CUT, maior central do país, CTB, CSP-Conlutas, Intersindical, CGTB, Força Sindical, UGT e NCST, totalizando oito centrais, em um raro momento de união entre as diferentes correntes do movimento sindical brasileiro.