[Edmilson Costa] O carnaval é a festa mais popular do Brasil. Desde as pequenas cidades do interior às maiores aglomerações metropolitanas, as pessoas saem às ruas aos milhões para festejar os quatro dias de folia, com muita criatividade e alegria.
[Jorge Nogueira] Em janeiro de 2003, poucos dias após receber a faixa presidencial cercado por um clima de euforia e esperança, Lula anunciava uma Reforma da Previdência que aumentava a idade mínima, introduzia a taxação dos aposentados, acabava com a aposentadoria integral, criava um fundo complementar que privatizava parte da previdência, acabava com a paridade nos reajustes dos servidores da ativa com os aposentados e reduzia as pensões aos dependentes.
[Rafael Silva; Laboratório Filosófico] E se deixássemos de gritar, hashtaguiar e, agora, carnavalizar o famigerado “Fora Temer”? Em outras palavras: e se desinvestíssemos da ideia de um inimigo externo que nos subjuga fortuitamente? Se, enfim, assumíssemos plena responsabilidade pelo mal que aflige a nós e às nossas democracia e república, o que restaria como nosso lema de protesto? Um desiludido “Fora nós”! A radicalidade dessa mudança é dupla. Em primeiro lugar, de sujeito: de Temer, o grande vilão, para nós, os cidadãos brasileiros; e, em segundo lugar, da nossa própria condição de sujeitos políticos: de cidadãos traídos para cidadãos traidores de nós mesmos. Se tivéssemos coragem para encarar a realidade dessa forma, o mal do qual, aqui, dizemos ser vítimas, e do qual, logo ali, queremos nos ver livres, estaria definitivamente na nossa esfera de ação, e, portanto, seria mais facilmente solucionável.
Na tarde deste domingo (04), cerca de 100 mil pessoas foram às ruas de São Paulo para se manifestar contra o presidente Michel Temer, que consolidou-se como novo governante com o término do processo de impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff na última quarta-feira (31), quando o Senado aprovou a saída da mandatária eleita em 2014.
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