[Andre Vltchek, Tradução da Vila Vudu] Já está acontecendo há algum tempo, mas ninguém prestou muita atenção: a academia ocidental, as mídia-empresas ocidentais e os propagandistas mais aparecidos estão tentando convencer o mundo de que (1) a ideologia morreu, ou, no mínimo, tornou-se irrelevante; e de que (2), caso a ideologia não tenha morrido, então, a esquerda, atualmente... (apertem os cintos!) virou 'direita'!
O ato em Brasília do último dia 15 confirmou a enorme tendência a uma mobilização de massas contra o golpe de Estado que se expressa nesse momento na luta pela candidatura de Lula e pela liberdade do ex-presidente. Mesmo com todos os obstáculos, inclusive o boicote de setores da própria esquerda, a manifestação em Brasília foi massiva e garantiu o registro de Lula no TSE.
[Rafael Dantas] Não é novidade que a burguesia criou um cordão sanitário em torno do ex-presidente Lula. Depois de transformá-lo em preso político na República de Curitiba há mais de 120 dias, os golpistas vêm trabalhando intensamente para cassar o direito do ex-presidente concorrer nas eleições. Querem tirar seu nome das urnas a todo custo.
[João Jorge Pimenta] Para os mais leigos da política, o processo político é quase que exclusivamente a política eleitoral. Na verdade as eleições são apenas uma versão distorcida da política real, a luta de classes, da luta política travada no dia a dia, e uma distorção que nunca favorece os trabalhadores.
[Eduardo Vasco] A luta pela liberdade de Lula é a única neste momento que aglutina toda a classe trabalhadora, todos os explorados e oprimidos, todas as massas populares do Brasil. É a única luta com o potencial de se transformar em um levante popular. A única fonte de radicalização do movimento operário e camponês.
[Luís Fernandes*] Muitos amigos e amigas simpáticos às ideias de esquerda têm sido sensíveis e tensionados ao discurso da unidade das forças progressistas nas eleições frente à ofensiva reacionária em curso. Não é para menos, pois até então se desenham quatro grandes forças políticas para o pleito eleitoral: a candidatura de Lula, com seus mais de 30% nas intenções de voto e todo injusto arcabouço jurídico e político para inviabilizar a sua candidatura; o “populismo” de extrema direita de Jair Bolsonaro, depois de Lula, o candidato mais conhecido nacionalmente, aparentemente antissistêmico e na prática uma candidatura continuadora do programa econômico e social da agenda golpista; Geraldo Alckmin, como plano A do establishment e também continuador do programa golpista e, por último, mas não menos importante, a tendência a uma grande abstenção nos votos, como uma das consequências do aprofundamento da crise da democracia burguesa no Brasil.
Não há nenhum valor em nascer na Nigéria ou na Noruega, na Grécia ou na Alemanha. Isso é acidental. Não deveria ser o suficiente para definir o destino de uma vida.
Minha mais forte e antiga recordação do Clóvis Oliveira é um encontro, rápido, como era praxe na época, na Borges de Medeiros com a Salgado Filho, em fins de 1970.
Não acreditamos que o rosto mais fotogênico seja o melhor para a representação dos interesses dos trabalhadores. Nossos critérios são diferentes da vulgaridade da política institucional eleitoral.
A ação ilegal realizada pelo juiz fascista Sérgio Moro, pela Polícia Federal e pelo TRF-4 (obviamente, apoiada pelos donos do golpe) para impedir o cumprimento da liminar que colocaria em liberdade (ainda que provisoriamente) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, evidencia uma vez mais a enorme crise interna da burguesia e, como parte desta, a divisão no interior do judiciário que, atinge desde as instâncias inferiores e intermediárias (como é o caso do TRF-4) até o Supremo Tribunal Federal (STF).
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