A mocidade na ofensiva: Independência
A juventude independentista saímos à rua por quinto ano consecutivo neste 24 de Julho para reivindicarmos umha Galiza independente e que rache com o sistema de dominaçom capitalista e patriarcal. Saímos à rua unindo as nossas vozes num único e firme berro de liberdade, solidariedade, rebeldia e internacionalismo.
Agora mesmo fazemos parte de umha Galiza submetida ao empobrecimento e o desmantelamento social, cultural e económico. Na nossa realidade diária, a juventude galega sofremos baixos salários, alta precariedade laboral, grandes índices de paro juvenil, umha alta percentagem de emigraçom, o desmantelamento do nosso tecido industrial, o espólio do nosso território e dos nossos recursos naturais e outros fatores que evidenciam o papel de dependência que joga a Galiza dentro do marco do Estado espanhol. Um Estado espanhol, aliás, profundamente antidemocrático, no que estamos a viver umha vaga regressiva nos nossos direitos e liberdades, um Estado Espanhol no que a repressom está à ordem do dia contra todo e todas as que levantem a voz contra ele.
Reafirmamos o nosso compromisso na luita por um futuro digno na nossa terra, um futuro que se nos nega condenando-nos à miséria, precariedade, exclusom social e emigraçom maciça a dezenas de milhares de jovens galegas. Denunciamos assim mesmo a total cumplicidade do governo de Nuñez Feijó e do Partido Popular com o de espólio do nosso território e o desmantelamento dos nossos setores produtivos. Um Partido Popular corrupto por definiçom que se enriquece a costa de nos condenar a herdar um país contaminado, espoliado e em definitiva, profundamente empobrecido.
Denunciamos também o terrorífico embate do patriarcado; pretendendo anular a nossa liberdade como moças e pisar os nossos direitos sexuais e reprodutivos. Erguemos as nossas vozes contra todas as Instituiçons misóginas que atuam contra a nossa liberdade e que nos roubam a nossa capacidade de decisom, negando-nos a nossa própria soberania sobre os nossos corpos. Este sistema condena-nos a seguir uns determinados roles de género que nos levam a seguir sendo as encarregadas da reproduçom da força de trabalho ao serviço do capital e da família como estrutura de opressom social. Assim mesmo denunciamos cumplicidade das Instituiçons nas campanhas homófobas e transfóbicas levadas acabo pola ultra-direita, num Estado que farda do seu “progressismo” em matéria LGTBI.
Ademais, também queremos erguer um forte berro contra os ataques que estám a sofrer a nossa língua e a nossa cultura, que estám sendo excluídas deliberadamente do espaço público e das aulas. Nessa linha de destruiçom da nossa identidade como povo emarcam-se os sucessivos ataques dos governos espanhol e galego ao ensino, que além de marginar a nossa língua e cultura, leva à elitizaçom e a expulsom das classes populares do ensino, algo que devemos combater. As estudantes galegas precisamos dum modelo educativo pensado por e para nós mesmas, um sistema verdadeiramente publico, no que nom seja preciso explorar-nos para pagar as nossas carreiras.
Em definitiva, a juventude independentista saímos mais um ano à rua para deixarmos claro que nom nos resignamos nem renunciamos à autoorganizaçom do nosso povo para avançar no exercício da autodeterminaçom cara à República Galega. Só luitando ativamente contra os ataques do capital que denunciamos, poderemos construir essa Galiza ceive por nós anelada. Umha Galiza na que nom se despejem Centros Sociais, como o Escárnio e Maldizer em Compostela, senom que sejam a base de construçom dumha nova sociedade, onde nom se julguem militantes de organizaçons políticas, nem onde existam os presos políticos.
Repetiremos as vezes que fizer falta que queremos viver livres numha Galiza livre; umha Galiza que seja antipatriarcal e rache com o sistema de produçom capitalista, sendo verdadeiramente inclusiva.
Viva Galiza ceive!
Independência!