Os dados de desemprego registado no mês de outubro voltam a constatar a volatilidade do emprego. Tanto que, apesar de se terem assinado cerca de 100.000 contratos num só mês, aumenta o número de pessoas desempregadas em quase 2.000. Umha situaçom pela qual a CIG responsabiliza às fatais políticas económicas e laborais dos governos espanhol e galego, em maos do Partido Popular, e umhas reformas laborais que tinham como único objetivo proporcionarem mao de obra barata ao patronato.
O mês de outubro concluiu com 185.903 pessoas registadas como desempregadas nos escritórios do SEPE na Galiza, 1% mais que no mês anterior, o que em termos absolutos equivale a 1.846 novos desempregados/as. Mais umha vez, a queda da inscriçom à Segurança social foi superior ao incremento do desemprego que, no mês de outubro, afetou 2.356 pessoas, situando-se o número de filiados e filiadas em 989.904 pessoas.
O único setor económico onde nom cresceu o desemprego foi no da Construçom, onde se reduziu o desemprego 2,04% a respeito do mês de setembro. O mesmo aconteceu na média estatal, onde a queda foi de 1,66%. Porém, cresceu na Indústria 1,10% ( 0,7% na média do Estado), e em Serviços, onde o incremento foi de 1,44%, face a 2.2% na média estatal.
Contratos registados
Apesar desta evoluçom do desemprego, o que sim se mantém é um alto número de contratos registados no mês, concretamente 94.870, dos cales tam só 8,4% se registou baixo alguma das modalidades de contrataçom indefinida.
Mais desemprego e elevada contrataçom demonstram para o secretário confederal de Emprego e Indústria, Fran Cartelle "a altíssima rotaçom e escassa duraçom com o qual se mantêm no mercado de trabalho um número, altamente preocupante, de pessoas assalariadas", e pom de manifesto "a tendência para uma cada vez maior precarizaçom do mercado de trabalho galego".
Exclusom social
Cartelle volta a dar nas vistas ademais sobre essa precarización que também se pom de manifesto nas pessoas desempregadas que percebem algum tipo de prestaçom, que continuam reduzindo-se. "Mas nom só se reduzem, como das que percebem prestaçom, a maioria recebem o subsídio, e nom a prestaçom contributiva, o que só podemos atribuir ao tipo de contrataçom precária imperante no mercado laboral", di.
O secretário confederal de Emprego denuncia mais umha vez "a nula incapacidade do governo do PP para solucionar qualquer dos graves problemas tanto no Estado, nem o desemprego, nem o encaixe territorial, entre outros, nem na Galiza".
Alerta ainda de que os orçamentos da Junta da Galiza para 2018 nom incluem nem umha só medida para enfrentar o problema do desemprego, nem para apoiar os sectores produtivos, nem para frear o cada vez maior risco de exclusom social e pobreza, nom já das pessoas desempregadas, como inclusive da classe trabalhadora, "porque hoje", lembra, "ter trabalho nom garante sair da pobreza".