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Diário Liberdade
Segunda, 30 Abril 2018 08:42 Última modificação em Quinta, 03 Mai 2018 17:20

Organizaçons juvenis e estudantis galegas lançam manifesto unitário polo 1º de Maio

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País: Galiza / Laboral/Economia / Fonte: Diário Liberdade

Briga, Erguer, Galiza Nova, Isca! e UMG assinam um manifesto juvenil conjunto às portas de um novo 1º de Maio.

Reproduzimos a seguir o manifesto na íntegra:

[A JUVENTUDE GALEGA CARA À GREVE GERAL]

As moças galegas de classe trabalhadora achamo-nos na altura do 1 de maio de 2018 numha situaçom de extrema precariedade e com nulas perspetivas de futuro. Os salários miseráveis, a elevadíssima taxa de desemprego juvenil e em muitos casos a obrigaçom de abandonar o nosso país para poder viver dignamente som os instrumentos que empregam o grande capital espanhol e transnacional para seguir a tirar proveito do nosso trabalho, ganhando cada vez mais à custa de que nós vivamos pior.

Essa realidade, de caráter mundial, vê-se agravada pola nossa situaçom de dependência económica e política. Umha situaçom que subordina a Galiza aos interesses do mercado espanhol, que som os da minoria capitalista que sustenta esse Estado. Os nossos recursos e potencialidades som reduzidos a umha conta de resultados das grandes empresas. As necessidades do nosso povo e as potencialidades do nosso país som desprezadas polos diferentes governos. O Estado espanhol e a Uniom Europeia som um freio para o desenvolvimento autocentrado da Galiza.

Umha década após o começo da até hoje última crise cíclica do capitalismo em 2008, comprovamos como o capital avança sem freios em favor da grande burguesia transnacional, que acumula cada dia mais benefícios com base no aumento da nossa exploraçom, que fai aumentar a pobreza entre a juventude galega. É chave a figura das trabalhadoras pobres, pois ter um trabalho já nom garante umhas condiçons de vida digna, nomeadamente para as moças. As condiçons dos contratos revelam umhas condiçons quase escravizantes, com contratos por horas, dias ou semanas, com cadeias de subcontrataçom, trabalhos precários desde as ETTs e a imposiçom de falsas autónomas.

As privatizaçons de serviços públicos (saúde, ensino, serviços sociais) e a imposiçom das reformas laborais, sociais e das pensons, levadas a cabo polo PSOE e polo PP, e no caso das pensons com apoio de CCOO e a UGT som ferramentas fundamentais no disciplinamento e precarizaçom da classe trabalhadora, incluindo a juventude. Estas políticas venhem da mao dum partido corrupto ao mando dum Estado profundamente antidemocrático e repressor, que adota práticas próprias do franquismo numha desmedida repressom sindical e judicial que criminaliza a resposta social contra as suas políticas.

O aumento da conflitualidade laboral em diferentes setores, causada polas duras condiçons de exploraçom, obriga a coordenar, dinamizar e ampliar a resposta, na procura de vitórias para a nossa classe. Fai-se necessário intensificar a mobilizaçom e continuar com as luitas ganhas polo nosso povo nos setores do telemárketing e o têxtil, como após a greve de Bershka, assim como com as mobilizaçons que se dérom com greve de mulheres o passado 8 de Março, com o movimento de pensionistas e o pessoal da Justiça na Galiza, assi como outros coletivos de trabalhadoras nos seus centros de trabalho e no território.

Fazemos um chamado a caminhar cara a umha greve geral na Galiza, já que é a resposta necessária perante a situaçom que estamos a viver com umhas caraterísticas próprias na nossa naçom. A greve geral é o instrumento da classe trabalhadora para demostrar ao poder político e económico a nossa disposiçom de resistência e luita pola recuperaçom dos nossos direitos, polo que se trata da melhor forma de responder aos abusos do patronato, que nom encontra outra oposiçom por parte do governo e a legislaçom vigente.

Por todo isto, as organizaçons da juventude nacionalista e independentista galega que apoiamos este manifesto chamamos toda a juventude galega a participar das mobilizaçons convocadas polo sindicalismo galego de classe em cidades e vilas de todo o País para o vindouro Primeiro de Maio, Dia da Classe Operária.

Saudamos portanto a campanha em prol da convocatória de greve geral na Galiza impulsionada pola Confederaçom Intersindical Galega, convencidas de que a resposta aos ataques do capital à classe trabalhadora galega só pode dar-se através da mobilizaçom e o conflito enquadrados numha estratégia revolucionária no caminho dumha Galiza livre e sem exploraçom.

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