Reproduzimos, a seguir, o comunicado de Agora Galiza:
Porque a "esquerda" eleitoral nom solicita a ilegalizaçom do PP?
A baixa voluntária do PP de Rita Barberá após a sua imputaçom, coincide com a retirada da denúncia apresentada por Luís Barcenas contra o seu partido, por ter apagado os discos rígidos dos computadores onde estava registada a caixa B da contabilidade.
Perante esta situaçom a “esquerda” institucional coincide com os meios de [des]informaçom da ditadura mediática espanhola à hora de alimentar umha falsa polémica.
É secundário que a ex-alcaldesa de Valência conserve o seu escano no Senado. Mas ai é onde se concentra a crítica das forças políticas situadas no “eixo da esquerda”, de Podemos/Marea e do BNG.
Esta “esquerda” está tam apodrecida como o regime vigorante no Estado espanhol. Os seus compromissos com a lógica do postfranquismo, com o sistema capitalista, e a composiçom de classe das suas elites, impossibilitam-na para agir com umha linha ruturista.
A prática da conciliaçom e a “responsabilidade” definem o seu ADN político-ideológico por muito palavrório “esquerdista” que às vezes é empregue para satisfazer parte da sua base social que logicamente reclama mais contundência.
A fotografia d@s cabeças de lista de BNG, Marea, PSOE e PP por Lugo para as autonómicas compartilhando entre sorrisos a bandeira autonómica galega, a que nega a nossa condiçom nacional e exprime a opressom que padecemos por Espanha, manifesta de forma gráfica a lógica sistémica da que esta “esquerda” nom quer nem pode despreender-se.
Numha conjuntura como a atual, na que umha parte importante das elites do PP estám argüidas em centenares de casos de corruçom, no que está mais que demonstrado que o partido de Mariano Rajói e Alberto N. Feijó é umha organizaçom criminal, umha vulgar banda de delinquentes, é ineludível solicitar a ilegalizaçom do PP.
Mas nada disto fam. Alimentam a ilusom de articular no 25S um frente anti-PP, de ativar o voto dos setores que perante a carência de umha alternativa revolucionária no campo eleitoral optamos pola abstençom.
Nom querem derrotar o PP, só pretendem deslocá-lo do centro do tabuleiro institucional, exercendo assim a alternáncia eleitoral que permite a solidez da pseudemocracia do Ibex 35 e os monopólios.
Deste jeito reforçam a lógica “democrática” de um sistema irreformável ao que nom se podem aplicar remendos. Descartando a superaçom do sistema estám contribuindo para a legitimá-lo e salválo-lo.
No equador dumha campanha eleitoral tam anódina como carente da confrontaçom de projetos antagónicos tanto no ámbito de classe como nacional, a esquerda independentista e socialista galega vertebrada à volta de Agora Galiza este 25S apelamos para a abstençom ativa.
Nom nos resignamos a ser meros espetadores de umha farsa que só facilita o nosso empobrecimento e exploraçom como classe e povo, a paulatina destruiçom e assimilaçom da Galiza polo supremacismo espanhol.
É necessário um projeto revolucionário galego ao serviço do povo trabalhador, dirigido pola classe obreira, visado para recuperar a nossa independência e soberania nacional.
Nada disto aparece nem fai parte da prática de Podemos/Marea e do BNG. Eis polo que nom existem razons para emprestar mais umha vez o nosso voto.
25S nom temos porque escolher entre umha falsa disjuntiva. Por este motivo consideramos que nom temos porque optar entre apoiar partidos de bandidos nem forças que no melhor dos casos só prometem remendos.
Agora Galiza apela ao povo trabalhador galego a exercer sem complexos nem má consciência a abstençom ativa.