Decidindo as estudantes organizadas em Erguer, nas assembleias ao longo do país, nom apoiar nem convocar esta jornada de mobilizaçom, fazemos umha aposta, pola contra, polo trabalho continuado e real em todos os centros aos que poidamos chegar.
Os motivos que nos movem hoje seguem a ser os que moverom historicamente ao movimento estudantil galego a manter umha postura crítica a respeito destas convocatórias gestadas na direçom do SE: a ausência de debates de base e a impossibilidade de participaçom directa do estudantado na gestaçom deste tipo de mobilizaçons; a falta de conteúdo específico de país, de zona ou de centro; a repetiçom de consignas sem potenciar umha posiçom crítica do estudantado; a falta de trabalho prévio e posterior, fazendo recair todo o peso da mobilizaçom em umha manifestaçom convertida em procissom; ou a inutilidade das convocatórias sem umha linha ou uns objectivos claros. Somos conscientes também do caráter nocivo e desmobilizador das práticas do Sindicato de Estudiantes convocando jornadas de greve unilateralmente, sem contar com outros agentes estudantís, nem co estudantado galego nom organizado e marcando uns ritmos que nom se correspondem com a realidade galega. O seu labor é eleger umha data e publicitá-la nos grandes meios informativos; o nosso, fazer assembleias nos centros, repartir brochuras, desenhar estraças, realizar piquetes informativos no próprio dia de manifestaçom, berrar forte polos nossos direitos.
Temos claro que a planificaçom do trabalho deve vir das estudantes, com propostas e objetivos realistas, e para que reverta nas estudantes, queremos lograr melhoras a curto prazo mentres luitamos por um ensino netamente galego, onde o patriarcado fique fora, accesível para todas sem importar a renda e que contribua à nossa formaçom como pessoas. Para isto, trabalhamos nos centros recolhendo as problemáticas que afetam ao alunado em cada centro e faculdade, traçamos linhas de trabalho a seguir, procuramos soluçons mediante a mobilizaçom.
Um exemplo disto som as campanhas que vimos realizando em ensino meio, espaço quase sempre esquecido por um movimento habitualmente nutrido por estudantes universitárias. Umhas consultas simbólicas nas que perto de 5000 moças e moços de todo o país que vam sofrer a LOMQE decidirom se querem ou nom que esta medida se aplique, com um trabalho anterior de conscienciaçom que, sem dúvida, abre umha porta para seguir acrescentando a atividade no ensino secundário. Mas a atividade contra esta lei galegófoba, antipedagógica, elitista e patriarcal nom remata aqui: assembleias nos centros nos que se realizou o Referendo para analisar as suas problemáticas concretas e novas consultas noutros centros para culminar nos parons contra a LOMQE que convocaremos para a vindeira sexta-feira 2 de dezembro.
Consideramos fundamental seguir a ser a ferramenta útil e o altifalante do estudantado, ponhendo a luita polos direitos das estudantes como eixo central e artelhando respostas conjuntas aos múltiplos ataques que nos dirigem ao colectivo estudantil. Só assim, com trabalho diário e presença nos centros de ensino e nas faculdades de toda Galiza, poderemos impulsar mobilizaçons amplas e combativas que nos acheguem às vitórias que ambicionamos no movimento estudantil galego.