O embaixador falou por telefone com o canal estatal VTV e disse que está sequestrado com aproximadamente 100 pessoas entre catedráticos, diplomatas e representantes de organizações sociais e comunais que assistiam a apresentação de um relatório do Comitê de Vítimas da Guarimba e do Golpe Continuado.
Isea exigiu as autoridades espanholas que desalojem o grupo de violentos "que foram convocados por forças reacionárias e antidemocráticas que não toleram que se diga a verdade".
"Estamos sendo assediados, impedindo nossa saída por uma turba violenta. Nós advertimos ao governo espanhol, responsável pela segurança da nossa Embaixada e dos funcionários diplomatas como Estado receptor segundo a Convenção de Viena, que havia ameaças de sabotar o ato violentamente e que as autoridades deviam tomar as previsões do caso", relatou.
O embaixador disse que a atitude das pessoas é violenta e que no acesso à sede diplomática golpearam três cidadãos.
"Negam se retirar e querem por condições para nos liberar. Esta é um sequestro do embaixador, de parte de seu corpo diplomático e consular em Madri, do conselheiro de Cuba e de cidadãos espanhóis que estão escutando a apresentação", afirmou.
Isea deplorou que o governo espanhol não tenha atuado como corresponde para dissolver a concentração, e afirmou que esta fato representa "uma agressão atroz contra as vítimas da guarimba que já são vítimas da violência dos anos 2013 e 2014. Mas além disso viola a Convenção de Viena, viola o direito internacional", destacou.
O embaixador considera que pelas ações deste grupo violento supostamente haveria cumplicidade por parte "de alguns estamentos das autoridades espanholas que deveriam garantir a segurança do corpo diplomático".