Rajoy, em acordo com o Tribunal Constitucional, o Ministério Público e juízes a suas ordens, impôs o estado policial na Catalunha, com a Guarda Civil como força de choque.
Nesse dia 20 houve buscas e apreensões nas Secretarias de Economia, Governo, Trabalho, Relações Exteriores, Assuntos Sociais, em outros organismos da Generalitat [governo regional] e em empresas privadas. Segundo informações, 12 pessoas foram detidas.
Estão utilizando métodos próprios de uma ditadura: declararam atos como ilegais, entraram em meios de comunicação e imprensas, confiscaram material de propaganda e tiraram sites do ar, proibindo a publicidade do referendo nos meios de comunicação e nas ruas. Apresentam denúncias contra Puigdemont, conselheiros, Carme Forcadell, a Mesa do Parlamento, 725 prefeitos e prefeitas e o conselho organizador do referendo. Ameaçaram Puigdemont de prisão. Ameaçam os voluntários e quem faça parte das mesas eleitorais do referendo de 1º de outubro. Trouxeram mais de 500 guardas e policias de fora e a cada momento chegam mais. Confiscaram, sem apoio legal, as finanças da Generalitat, aplicando de fato o artigo 155 da Constituição.
Durante esses dias, a resposta popular nos diferentes povoados e cidades não falhou.No dia 20, já pela manhã, milhares de pessoas saíram às ruas em Barcelona e em outros lugares para desafiar as buscas e detenções. A Diagonal e a Vía Laietana foram bloqueadas, o centro de Barcelona ferve de indignação. É a hora da rebelião massiva.
É hora de convocar uma manifestação central para dizer que Não Passarão. É hora de os sindicatos convocarem a greve para defender os direitos democráticos. É hora de o Governo da Generalitat tomar o comando dos Mossos d’Esquadra [polícia da Catalunha] e colocá-los a serviço da defesa dos direitos democráticos do povo da Catalunha.
Como pode ser que estejam atuando como força auxiliar do Ministério Público, junto com a Guarda Civil?
Se o PSC e o PSOE têm vergonha democrática, agora é o momento de demonstrá-la.
Corrent Roig, 20 de setembro de 2017