Contagem provisória confirma vitória esmagadora do SI
O inquérito mais recente, elaborado polo jornal escocês The National na quinta 28 de setembro, apontava para umha alta participaçom (62%) e umha esmagadora vitória do "Si" à independência (83%). A amostra foi de 3,300 pessoas entrevistadas telefonicamente em todo o principado. Os dados continuam na linha do anterior inquérito, publicado polo jornal catalám Ara, e que previa 60% de participaçom e vitória do "Si" com 70% em meados de setembro.
O resultado provisório, avançado à meia-noite polo governo catalám em conferência de imprensa, confirma que ganha o SI (90% de votos, 2.020.144), contra 176.566 votos do NOM, 45.586 votos em brancos e 20.129 nulos. Mais de 700.000 votos potenciais fôrom roubados ou impedidos de votar nos locais de votaçom violentados polas forças repressivas espanholas. O total de votos, faltando contabilizar os votos do estrangeiro, foi de 2.262.000.
Com um censo total de algo mais de cinco milhons de votos, confirma-se umha importante participaçom, tendo em conta a extrema dificuldade imposta pola violência policial.
Com esse resultado, segundo avançárom o Presidente e todo o seu governo anunciavam por volta das 23h00, a independência será proclamada polo Parlamento, consoante o previsto na Lei de Transitoriedade da Catalunha (ou seja, em 48 horas) e reclamará a intervençom da Uniom Europeia no conflito para possibilitar umha transiçom ordenada para a constituiçom do novo Estado catalám.
Também a esquerda revolucionária catalá das CUP emitiu a sua avaliaçom da jornada, coincidindo em denunciar a repressom espanhola, louvar a participaçom popular e colocar agora o alvo na declaraçom da independência. Convém recordar que a CUP tivo ao longo de todo o processo um importante peso, auténtico catalisador da vontade popular para empurrar a burguesia catalá defintivamente face à independência.
Açom repressiva deixou 800 pessoas feridas mas nom conseguiu parar o referendo, apesar de ameaças com armamento militar
Assi que o respeito dos Mossos polo direito a decidir se difundiu, os corpos repressivos espanhóis - que contam estes dias 10,000 efetivos em Barcelona - dirigirom-se para alguns dos pontos mais mediáticos da capital catalá com a intençom de colocar em andamento umha campanha do medo que nom conseguiu parar umha participaçom massiva e muito organizada, mesmo com permanência após exercer o voto com o fim de manter a defesa popular do referendo.
A equipa de pesquisa internacional denunciam violaçons dos Direitos Humanos polas forças policiais espanholas e indicam que Europa deverá reconhecer os resultados do referendo.
A Guardia Civil interveu nos centros em que o Presidente, o Vice-presidente e a Presidenta do Parlamento catalám tinham previsto votar, mas também em vários outros por todo o país: Lleida, Tarragona, Barcelona e também algumhas vilas de menor tamanho virom brutais açons dos fardados. A polícia deixou por volta de 800 pessoas feridas nos seus ataques, indiscriminadamente dirigidos mesmo contra pessoas idosas. Algumhas dessas feridas estám em estado grave, nalguns casos polo uso policial de armas proibidas na Catalunha, como as bolas de borracha. O Diário Liberdade foi ainda testemunha da presença de corpos de elite da polícia espanhola armados com material de guerra, nomeadamente sub-fuzis de assalto, nas ruas do centro da capital catalá.
Por volta das 14h00 já estavam em funcionamento 96% dos centros habilitados polo Governo autónomo para votaçom. Conseguirom empecer, sem impossibilitar as votaçons, os constantes ataques informáticos que do regime espanhol perpetrou contra o software da Generalitat que ajudava na gestom das votaçons. Assi denunciou esta manhá o porta-voz do Governo autonómo, Jordi Turull, que também destacou que "na maior parte dos colégios está a votar-se com normalidade" e pediu a demissom do Delegado do Governo espanhol na Catalunha, o nacionalista espanhol Enric Millo.
Dous helicopteros policiais e carros dos fardados espanhóis corrêrom de um lado para o outro da Catalunha ao longo de todo o dia.
Desde as 05.00 começou a entrada aos pontos de votaçom
Às 5.00 horas da madrugada, vizinhas e vizinhos de todos os pontos do principado da Catalunha abrirom os centros em que se votará neste 1 de outubro. Poucas horas mais tarde, minutos antes da abertura dos ditos centros, começavam a instalar-se as urnas (que os órgaos repressivos espanhóis fôrom incapazes de detetar ao longo das várias semanas em que as perseguirom). Desde sexta-feira, contodo, havia já multidom de escolas em todo o país ocupadas para a sua defesa popular até o final do referendo de hoje.
Umha das principais dúvidas era como a polícia catalá, os Mossos d'Esquadra, destacados defensores da ordem burguesa (protagonizando na última decada algumhas das mais brutais agressons contra ativistas sociais na Europa) daria cumprimento a umha ordem explícita das sucursais autónomas do corpo judicial espanhol, nomeadamente o Tribunal Superior de Justiça da Catalunha (TSJC), e que nom era outra que a de despejar os locais de votaçom, fechá-los e confiscar todo o material eleitoral até às 06.00 horas. Por volta dessas horas, o corpo policial autónomo chegava às mesas eleitorais - para entom já protegidas por dúzias, centenas ou milhares de vizinhos/as, segundo cada centro - e indicava do requerimento legal de o fechar, sem agir para fazé-lo efetivo. "Vinherom os Mossos, dixerom que tinham que fechar. Nós dixemos que nom iamos embora e entom fôrom eles", dizia umha votante de Vilafranca del Penedès para o Diário Liberdade.
Polas 08.00 o Governo autónomo da Catalunha informava da existência de um "censo universal", que através de umha aplicaçom apoiada numha base de dados eletrónica permitirá que ao longo de toda a jornada os e as votantes podam usar qualquer ponto do país.
Solidariedade internacionalista
No sábado fôrom numerosas as mobilizaçons em diversos pontos do mundo em apoio à independência da Catalunha. Na Galiza, a capital Compostela registou umha grande mobilizaçom, em que milhares de galegas e galegos percorrérom as ruas da Alameda à Quintá em suporte à democracia e a liberdade da Catalunha.
Já no mesmo domingo muitas cidades galegas repetirom convocatórias em favor da liberdade da Catalunha. Em todas as grandes cidades galegas acontecérom mobilizaçons muito concorridas.