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Diário Liberdade
Sábado, 14 Outubro 2017 08:50 Última modificação em Quarta, 18 Outubro 2017 09:44

O Estado espanhol incrementa o desafio repressivo contra a autodeterminaçom do Povo Catalám

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País: Paísos Cataláns / Direitos nacionais e imperialismo / Fonte: Diário Liberdade

Na próxima segunda-feira conclui o prazo de cinco dias lançado polo presidente espanhol para que Puigdemont se renda.

A "suspensom" da declaraçom de independência acordada entre os partidos da coligaçom governante no Principat da Catalunha, com o intuito de possibilitar umha distensom que desse passagem a um diálogo com os representantes institucionais do Estado espanhol, tivo a resposta mais extremista do executivo do PP.

Imediatamente, Mariano Rajoi lançou um ultimato de cinco dias, que serviu como ativaçom para os prazos de aplicaçom do artigo 155 da Constituiçom espanhola, que levaria à desarticulaçom da Autonomia catalá, ficando diretamente em maos do Executivo sediado em Madrid.

A já longa campanha espanhola contra o direito de autodeterminaçom catalám, que tem recorrido à propaganda, às ameaças, à ocupaçom policial e à violência indiscriminada do passado dia 1 de outubro, dá um passo em frente, acordado entre os dous principais partidos do regime de 1978: PP e PSOE, com o aplauso entusiástico do ultra Ciudadanos. À "esquerda", Podemos, IU e outros grupos ficam numha morna condena do extremismo, mas evitam um compromisso real com o direito à independência aprovada em referendo vinculativo polo Povo Catalám.

O acordo PP-PSOE inclui nom apenas a aplicaçom do artigo 155, como também a reforma constitucional, que no clima atual nom há dúvida que serviria para dar cunho legal a umha recentralizaçom total, que mesmo poderia incluir a exclusom da legalidade dos partidos e forças sociais independentistas, segundo sugeriu o porta-voz do PP, Pablo Casado.

Mençom especial merece a instrumentalizaçom que o Estado espanhol vem fazendo da força de choque fascista, para provocar violência e agitar nas ruas do Estado espanhol e da própria Catalunha, que no dia 12 de outubro viveu umha nova mobilizaçom de umhas 10 mil pessoas e atos de violência nas ruas por bandos chegados de Espanha.

Capitais saem ou entram à Catalunha?

Entretanto, a máquina de propaganda espanhola continua a pleno rendimento: todos os meios públicos e privados martelam as 24 horas do dia contra a Catalunha, fazendo de caixa de ressonáncia das pressons do grande capital espanhol ligado ao Ibex 35, que promovem um translado em cadeia das sedes para fora da Catalunha. Umha propaganda que contrasta com os dados macroeconómicos favoráveis para a pequena naçom mediterránica, que nom deixa de receber investimentos de capitais exteriores.

Todo aponta a que assistimos a um reajustamento da presença capitalista na Catalunha, com repregamento de capitais espanhóis e catalano-espanhóis, e despregamento de capitais doutras procedências que podem acabar por legitimar a opçom independentista.

Por sua vez, a significativa presença da esquerda no processo, politicamente representada na CUP, mantém a posiçom mais coerente na aposta soberanista, incluindo o seu confronto de classe com a Uniom Europeia e restantes agentes imperialistas, que até hoje estám do lado espanhol.

À espera da resposta de Puigdemont

Diversos sectores soberanistas dirigírom-se direta e explicitamente ao presidente catalám para que retire a suspensom e reative a declaraçom efetiva de independência: a ANC, a CUP e mesmo um setor do seu partido, o PdCAT, reclamárom nom esperar mais, vista a resposta repressiva do Estado espanhol a todos os oferecimentos de diálogo do lado catalám.

A guerra de posiçons continua e nesta segunda-feira começa umha nova fase do confronto, em funçom da resposta de Puigdemont e da necessária capacidade de resposta das massas catalás nas ruas, sobejamente demonstrada nos últimos anos, meses e dias. Quanto ao Estado espanhol, a ministra da Defesa chegou a sugerir umha intervençom direta das Forças Armadas.

A luita continua.

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