A televisão em língua árabe al-Masirah, citada pela PressTV, referiu que 27 civis morreram e nove ficaram feridos como consequência do bombardeamento perpetrado pelos sauditas na madrugada desta quarta-feira no Noroeste do país.
A cadeia televisiva alertou para a possibilidade de o número de vítimas mortais aumentar, tendo em conta que estavam a ser realizadas operações de busca nos destroços. Posteriormente, outras fontes deram conta da existência de 28 feridos, alguns deles em estado grave.
De acordo com a PressTV, outros dois civis foram mortos hoje no distrito de al-Dhaher, na mesma província iemenita, quando a viatura em que seguiam foi atingida por caças sauditas.
No rol de vítimas mortais recentes da agressão saudita ao Iémen, há que acrescentar a dezena de civis mortos no fim-de-semana passado, nas províncias de Sa’adah e Ta’izz, na sequência de ataques semelhantes.
O ataque desta madrugada ao mercado no distrito de Sahaar faz lembrar outros bombardeamentos levados a cabo pela coligação saudita contra infra-estruturas civis repletas de gente. O caso mais grave – e o que obteve maior relevo mediático – ocorreu a 8 de Outubro de 2016, quando os sauditas atacaram um centro comunitário, na capital do país, Saná. Estima-se que milhares de pessoas ali estivessem reunidas para participar num funeral. Mais de 140 foram mortas e mais de 500 ficaram feridas.
Desde que, em Março de 2015, a coligação militar liderada pela Arábia Saudita lançou uma ofensiva contra o Iémen – alegadamente para recolocar no poder Abd Rabbuh Mansur Hadi, aliado próximo de Riade, e esmagar a resistência do movimento Ansarullah –, os seus bombardeamentos provocaram mais de 12 mil mortos.