A campanha militar contra o movimento terrorista Estado Islâmico (EI) conclui porque está eliminado quase por completo na Síria, um objetivo defendido por Washington como sua razão para entrar no conflito nessa nação, recordou Lavrov.
No entanto, nos últimos meses escutamos do Pentágono e do representante especial para o combate ao EI que o fim desse grupo terrorista não elimina a presença bélica estadunidense na nação levantina, indicou o chefe da diplomacia russa.
Agora a Casa Branca argumenta que suas tropas devem estar ali para acompanhar de perto o desenvolvimento correto do processo político na Síria, um país onde sua presença é totalmente ilegal, pois nunca contou com um respaldo da ONU para estar nessa nação, sublinhou Lavrov.
É ainda mais interessante como os Estados Unidos tentam justificar agora sua permanência na Síria, afirmou.
Há dois dias, indicou, o secretário norte-americano de Defesa, James Mattis, afirmou que existe uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que permite a seu país manter tropas em solo sírio.
Nós de imediato consultamos o Departamento de Estado norte-americano sobre esse assunto e o servidor público que nos atendeu ofereceu uma explicação pouco clara, que demonstrava seu entendimento do absurdo da declaração de Mattis, indicou.
Cada vez põe-se mais em dúvida se o objetivo final dos Estados Unidos na Síria era mesmo combater o terrorismo, assinalou o ministro ao comentar a possível existência de um complô de Washington para proteger os terroristas.
A rede britânica BBC, que está longe de ser um agente estrangeiro nos Estados Unidos, confirmou que o Pentágono coordenou a saída de mais de 300 extremistas disfarçados de civis entre a população evacuada da cidade síria de Raqqa, indicou o chanceler russo.
De nenhuma forma posso falar de um complô, pois carecemos de provas para demonstrá-lo, mas posso afirmar que a solução real com a saída dos terroristas intactos da ofensiva do exército sírio já influencia na situação no território, explicou.
As ações das tropas sírias, com apoio da aviação russa, sem dúvidas foram entorpecidas e agora se requer mais tempo para atingir as tarefas que nos propomos, considerou.