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Diário Liberdade
Terça, 12 Dezembro 2017 18:21 Última modificação em Sexta, 22 Dezembro 2017 02:01

General iraniano aos EUA: "Saiam já da Síria. Se não..."

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País: Síria / Direitos nacionais e imperialismo / Fonte: Elijah J. Magnier Blog

[Elijah J. Magnier, Tradução do Coletivo Vila Vudu]

E se Al-Hasaka 2018 repetir Beirute 1983?

Fontes bem informadas dizem que o comandante do Corpo de Guardas Revolucionários do Irã, brigadeiro-general Haj Qassem Soleimani, enviou carta verbal, por intermédio da Rússia, ao comandante das forças dos EUA na Síria, aconselhando-o a retirar de lá todas as forças dos EUA, até o último soldado, "ou vão-se abrir as portas do inferno".

"Minha mensagem ao comando militar dos EUA: quando a batalha contra o ISIS (grupo chamado "Estado Islâmico") chegar ao fim, não se tolerará a presença de nenhum soldado norte-americano em território sírio. Aconselho-os a sair por iniciativa própria, ou serão obrigados a sair" – disse Soleimani a um funcionário russo. Soleimani disse ao responsável russo por fazer chegar aos EUA as palavras do Irã, que "serão consideradas forças de ocupação, se optarem por permanecer no nordeste da Síria onde tribos curdas e árabes convivem lado a lado.

Os russos não são contrários à presença dos EUA e podem adaptar-se a ela depois de demarcar linhas claras para evitar confrontos. Mas a posição do Irã é clara: o país decidiu não abandonar o presidente sírio, no confronto que possa haver com forças dos EUA, caso elas permaneçam em terras sírias.

A carta de Soleimani aos EUA indicava claramente a promessa de 'medidas de surpresa' contra os EUA: "Vocês enfrentarão soldados e forças militares que não viram em ação na Síria. E deixarão o país, mais cedo ou mais tarde".

A Rússia informou aos EUA que o Irã permanecerá na Síria pelo tempo que o presidente Assad considerar necessário. Assad insiste em libertar todo o território sírio de quaisquer forças militares. A Rússia confirmou aos EUA sua intenção de não dar apoio aéreo ao Irã e aliados, no caso de ataques de forças dos EUA. Do ponto de vista dos russos, a disputa Irã-EUA não lhes diz respeito nem é item da agenda da Rússia.

Mike Pompeo, diretor da Agência Central dos EUA, disse semana passada que escrevera a Soleimani manifestando suas preocupações com as intenções do Irã de atacar interesses dos EUA e que "o Irã e Soleimani serão responsabilizado por qualquer ataque no Iraque".

Mohammad Mohammadi Golpayegani, alto assessor do Grande Aiatolá Ali Khamenei confirmou a tentativa de Pompeo de enviar uma carta, mas disse que "Soleimani recusou-se a receber ou ler a carta, porque nada mais havia a acrescentar".

Fontes na área creem que não é improvável que grupos curdos – operando em al-Hasaka e que são fieis ao governo em Damasco – estejam dispostos a avançar contra forças dos EUA. Muitos desses grupos permanecem fiéis à Síria: rejeitam todas e quaisquer forças de ocupação em sua terra e a divisão do país.

Al-Hasaka 2018 está sendo muito frequentemente comparada àqueles eventos de 1983, quando centenas de Marines dos EUA e paraquedistas franceses foram mortos em ataques suicidas simultâneos por islamistas, em Beirute. A força multinacional tornara-se força hostil, não de pacificação; e todos eles foram forçados a deixar o Líbano às pressas, por efeito desse ataque. O futuro pode copiar esses eventos do passado.

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