"A China apela insistentemente aos EUA para cessarem imediatamente as ações provocatórias, que violam a soberania da China e ameaçam a nossa segurança”, declarou hoje (24) a porta-voz na conta oficial do Ministério na rede social WeChat.
Segundo Hua Chunying, a China também apela aos EUA para respeitarem os esforços dos Estados da região no sentido de manter a paz e a estabilidade no mar do Sul da China.
"A China continuará tomando as medidas necessárias para defender a sua soberania e segurança, bem como para defender a paz e a estabilidade no mar do Sul da China", acrescentou a porta-voz.
"Hoje em dia, a situação no mar do Sul da China continua melhorando graças aos esforços da China e dos países membros da ASEAN [Associação de Nações do Sudeste Asiático]. Nesse âmbito os EUA, que intencionalmente causam problemas e tensão no mar do Sul da China, estão minando a paz e estabilidade na região e isso é contrário aos desejos dos países da região, que esperam estabilidade, cooperação e desenvolvimento", sublinhou a diplomata.
Anteriormente, a agência Reuters, com referência a altos funcionários estadunidenses, informou que o USS Mustin passou a 12 milhas náuticas do recife Mischief das Ilhas Spratly para demonstrar “a liberdade de navegação”. O Ministério da Defesa chinês confirmou que em 23 de março o destróier norte-americano entrou nas águas das ilhas chinesas do mar do Sul da China. Os navios de guerra da Marinha da China avisaram o destróier sobre a necessidade de abandonar a zona.
O Ministério da Defesa chinês declarou que essas ações dos EUA representam "uma provocação política e militar grave" que viola os princípios das relações internacionais e ameaça a paz e estabilidade global.
Não foi a primeira vez que o navio de guerra da Marinha americana se aproximou das ilhas disputadas no mar do Sul da China. De acordo com Washington, suas ações visam assegurar a liberdade de navegação, enquanto Pequim as qualifica como atos de violação da sua soberania.