No seu discurso, o eurodeputado do KKE sublinhou o seguinte:
“Senhora Comissária, numa pergunta recente sobre a posição da Comissão Europeia perante o processo inaceitável e anticomunista contra o Partido Comunista da Polônia, o seu jornal e o seu conselho editorial tentaram responder alegando que a Comissão ‘reconhece que alguns Estados Membros se adotou uma legislação que proíbe a utilização de símbolos do passado comunista’ e que ‘a Comissão, no seu âmbito, sempre se comprometeu firmemente [...] com a memória dos regimes totalitários’. ‘Cada Estado-Membro’, disse você, ‘encontrou sua própria abordagem para lembrar sua história’.
Mrs. Jourová, a equiparação do comunismo ao monstro fascista é a-histórica e insubstancial. O que você disse em relação ao totalitarismo não tem fundamento, porque, acima de tudo, fascismo e democracia burguesa têm uma base econômica comum, que é a propriedade capitalista. Ao contrário, no socialismo, riqueza e poder estão nas mãos do povo.
Ao mesmo tempo, a UE está fazendo um barulho na Polônia pela ‘situação no setor da Justiça’, que expressa as crescentes contradições dos grandes interesses dentro da UE e dá total cobertura às leis anticomunistas e aos processos anticomunistas no mesmo país.
O que você também tem a dizer sobre o fato de que, em 16 de julho, o Tribunal Constitucional da Ucrânia impôs uma proibição ao Partido Comunista da Ucrânia? É hipócrita dizer que não tem qualquer responsabilidade sobre os Estados-Membros ou outros países, uma vez que a UE apoia e financia campanhas com conteúdos anticomunistas e não históricos, como o programa ‘Europa para os Cidadãos’ nos Estados-Membros.
Acontece que a UE usa os ‘direitos humanos’ e ‘liberdades políticas’ como uma ferramenta para intervenções e para proteger os interesses a que serve. Aparece como um ‘defensor dos direitos humanos’ supostamente sensível e desinteressado, intervindo nos assuntos internos dos Estados em toda a extensão do mundo. Aplaude e põe a sua marca na escalada do anticomunismo em vários Estados-Membros, o que acompanha a intensidade da sua política antipopular e contra os trabalhadores. Ao mesmo tempo, procura manchar as conquistas do socialismo na consciência dos trabalhadores. Conquistas que os povos experimentaram e ainda relembram com altos índices de aprovação, como mostram as pesquisas nesses países, apesar de toda a lama e calúnia.
O anticomunismo não vingará!
Tirem as mãos dos partidos comunistas poloneses e ucranianos, nos países bálticos!
Tire as mãos dos monumentos comunistas e antifascistas e da verdade histórica!
Exigimos que todos os processos anticomunistas parem aqui e agora!”
Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)
Fonte: https://inter.kke.gr/en/articles/All-anti-communist-prosecutions-must-stop/