Esta documentação deu a volta ao mundo e fez a «actualidade» da maior parte dos jornais do bloco atlantista. Tornaram-na, assim, o símbolo das crianças massacradas pelo «regime de Bashar al-Assad ou dos seus aliados russos».
Segundo a InCoStrat —que já havia publicado a fotografia do jovem Aylan Kurdi, morto numa praia turca ao tentar atravessar o mar Mediterrâneo— a casa da criança teria sido bombardeada e os seus pais teriam morrido. Os White Helmets são uma «ONG» que serve de cobertura à CIA (Estados Unidos), ao MI6 (Reino Unido) e à IDB (Holanda).
Segundo a Agência norte-americana Associated Press, a fotografia de Omran Daqneesh foi feita por Mahmoud Raslan, cujas declarações foram amplamente difundidas pela agência e retomadas na imprensa atlantista.
Mahmoud Raslan é um jiadista do grupo Harakat Nour al-Din al-Zenki (apoiado pela CIA, que lhe forneceu mísseis antitanque BGM-71 TOW). Há um mês atrás, a 19 de Julho de 2016, Mahmoud Raslan degolara, ele próprio, uma criança palestina jovem, Abdullah Tayseer Al Issa (com 12 anos).
As crianças, que não podem escolher a que campo pertencer, são sempre as vítimas da guerra. Utilizar a sua imagem fora de contexto constitui um acto de propaganda visando falsear a compreensão dos [2].