“Todo mundo às ruas; as novas medidas contra os trabalhadores e contra o povo do Governo e dos credores (UE e FMI) não passarão”, denunciaram de Adedy, a central sindical de trabalhadores públicos, assegurando que os novos impostos previstos na reforma fiscal do governo de Syriza são “insuportáveis e injustos”.
Os agricultores se somarão às mobilizações, como os trabalhadores do sindicato de trabalhadores da Marinha Mercante, que já realizaram dois dias de greve esta semana.
Uma reforma “rápida” ao modo da Troika
O governo grego se encontra outra vez nas cordas, pressionado pela Troika, que exige mais ajustes. Na próxima segunda, se reunirão em Bruxelas os ministros de finanças da União Europeia, para avaliar o processo de “reformas” implementado na Grécia. Se não avançarem, bloquearão o desembolso do novo trâmite do “Terceiro resgate”.
Por esse motivo, o governo busca aprovar de forma “rápida” nesse fim de semana, no Parlamento, duas reformas-chave exigidas pelo FMI e pela Comissão Europeia: a reforma das pensões e a modificação do sistema fiscal. Ou seja, seguir ajustando os trabalhadores e o povo grego, que seguem pagando pela crise.
Essa semana, ficou conhecido uma informação de um centro de investigações alemão, que demonstra que a maioria do dinheiro dos resgates anteriores, desde 2010, foi para pagar os credores em forma de pagamento da dívida e pagamento de lucros. E somente 10% de todo esse dinheiro foi para o orçamento grego. Um círculo vicioso de “resgates” para pagar a dívida, que geram novas dívidas impagáveis.
Tradução: Cássia