Este direito, contava ele, é a essência mesma da liberdade, pois nom pode entender-se que há liberdade se os colectivos e os indivíduos nom temos a capazidade de escolher em cada momento sobre o que queremos fazer, assomindo a responsabilidade e as conseqüências das nossas decisons de maneira plena. Punha exemplos tam quotidianos e compreensíveis como a assembleia operária que decide ir à greve, ou a mulher que trabalha na casa e que decide a umha altura da jornada interromper as tarefas que atende habitualmente para dispôr do seu tempo e combinar por exemplo com as suas amigas para tomar um café.
Isto pode-se trasladar a contextos mais amplos... por exemplo um estado que decide abandonar umha estructura supra-estatal como a UE, como foi o caso do Reino Unido, ou um país sem estado que escolhe independizar-se da sua metrôpole. A democracia é isso, que o povo decida com todas as conseqüências. E assomindo o acertado ou o errôneo da decisom. Nem mais, nem menos.
A classe política espanhola é inimiga desse conceito de democracia. As palavras do Pedro Sánchez valorando o por alguns inesperado resultado do referendo do Brexit som bem expressivas do conceito que no “Planeta PSOE” tenhem da democracia manifestada no uso de umha das ferramentas mais democráticas que há enquanto a participaçom política: “Isto é o que acontece quando deixamos em maos dos cidadaos decisons que tenhem que tomar os políticos”. Claro, se deixamos ao povo votar podem sair vencedoras propostas que vam em contra dos interesses aos que realmente servimos... isso é o que está a expressar. Também lembro as palavras de Esperanza Aguirre numha ocasiom a falar contra as assembleias abertas do 15-M: “Quero recordar que estamos numha democracia re-pre-sen-ta-ti-va”... ante tudo, nunca reconhecer a legitimidade de qualquer expressom de democracia fora desses templos do espectáculo da política profissional onde eu me manejo com soltura e me sento blindada e protegida para decidir por todo o mundo, mesmo em contra dos direitos da maioria.