Em 7 de dezembro de 2015, Hillary Clinton festejava com direitistas latinos nos Estados Unidos, que a Assembleia Nacional ficara em mãos da direita venezuelana e aproveitou para dar um discurso que atiçou a desestabilização do país. O mesmo que serviu de alicerce para que detratores se unissem aos gritos para exigir uma invasão militar estadunidense no país.
Em junho de 2016, Luís Almagro, Secretário-Geral da OEA, intensificou o ataque contra a Venezuela, soltando-lhe ao fio a Carta Democrática e promovendo um golpe de Estado no país, denunciado internacionalmente pela chanceler venezuelana Delcy Rodríguez.
Em 19 de outubro de 2016, a chanceler pronunciou o rechaço da Venezuela ao vídeo que promovia o partido Democrata, onde comparavam Hugo Chávez a Donald Trump. Não é de se estranhar que o epicentro da direita latino americana nos EUA seja Miami, foi ali onde começou a circular o vídeo. O mesmo em que se vê o ex presidente do México, Vicente Fox, comparando Trump com Fidel Castro e Hugo Chávez, e também com Benito Mussolini.
Por sua parte, em artigo publicado no Nuevo Herald de 30 de setembro (meio de comunicação latino americano de tom direitista baseado em Miami) Hillary Clinton se pronuncia por uma suposta maior unidade latino americana. Clinton é clara e deixa ver que a perene ingerência na América Latina seguirá ainda mais fortalecida, mencionando os dois pilares, de norte a sul: México e Brasil. Também Honduras, onde vimos as atrocidades dos anos posteriores ao golpe de Estado contra o presidente Zelaya.
Mas a presidenciável não pode ficar sem mencionar Cuba, e disse que deseja estender os laços e restabelecer relações para que o povo cubano possa decidir seu futuro e que também os Estados Unidos continuarão seu trabalho contra os abusos de direitos humanos na ilha. Quais abusos de direitos humanos, cara pálida? Os de Guantânamo por acaso?
Fala de manter pressão sobre a Venezuela, para erradicar as sequelas da crise política e humanitária como resultado do regime autoritário de Hugo Chávez e Nicolás Maduro. Confirma mais uma vez que os EUA estão ao lado dos que desejam mudanças no país e que não os deixará sozinhos. Tudo bem explicadinho.
No último domingo, 23 de outubro, a Assembleia Nacional comandada pela direita venezuelana, com Ramos Allup e Capriles como primeiras vozes, sacodem a colmeia buscando desestabilizar a sociedade e fazer o enfrentamento entre os direitistas e os que defendem as conquistas da Revolução Bolivariana. Não ficaram conformados com o cancelamento do referendo revocatório, com justa razão, afinal, o que fazem assinando mais de 10 mil mortos? 1300 cédulas falsas e 1300 reclusos. Que explicação dão a isto Ramo Allup e Capriles?
São anunciadas marchas direitistas e novamente Almagro quer uma vela para o enterro. Também a querem Uribe e concorrência. A Venezuela não só está contra o capital estadunidense, como também a maioria dos governos neoliberais da América Latina, que de jeito nenhum vai bem, tendo as oligarquias cobrindo as costas dos EUA. E o que dizer da midiatização mundial que hoje amanheceu com notícia de ultima hora, manipulando a informação para benefício das corporações internacionais que já se fazem engasgar com o petróleo que tanto defendeu Chávez e segue defendendo Maduro?
De toda forma, o povo que está consciente das conquistas da Revolução não dará marcha ré, e contra isso não há ingerência que possa, por mais Uribistas e oligarcas que sejam; por mais artimanhas e revoltas às que acudam. Por mais revocatórios que façam, o povo já despertou e isso foi obra de Chávez a qual dá seguimento Maduro.
Aos Estados Unidos e a direita internacional urge desestabilizar a Venezuela, para acabar com a Revolução Bolivariana e levar esta revolta para o Equador e a Bolívia a fim de dar por terminado o progressismo no continente, e que apenas Cuba, que segundo eles, com a continuidade do bloqueio farão claudicar. A tudo isto, quais serão as intenções reais dos Estados Unidos de quererem aproximar os “laços” com Cuba se está acelerando a invasão militar na Venezuela
Tratou por todos os lados com revoltas, golpes brancos, massacres, guerras econômicas e manipulação midiática, os quais gastou milhões de dólares e não pôde com Maduro e o povo de Bolívar e Chávez. Qual será o passo seguinte para que se apropriem das riquezas naturais da Venezuela?
Não esqueçamos o que fizeram com Gadafi, e como hoje estão a Líbia, o Iraque, o Iêmen e a Síria. Já avisara Chávez certa vez: “todavia fede a enxofre”.