Nos Estados Unidos, a questão do racismo e da xenofobia não é nova; Dizem os povos indígenas do norte do continente americano, que os invasores usaram contra eles, enquanto realizavam o maior genocídio da história e depois prendê-los em prisões às que deram o nome de reservas.
Nos EUA, onde boa parte do sistema prisional é negócio privado, a repressão e o aprisionamento da emigração ilegal é igualmente um chorudo negócio. De costa a costa estão a ser construídos campos de concentração. A emigração, nos EUA como em outros países, é mais um pretexto para eliminar direitos e para aumentar ainda mais a exploração e a precariedade dos trabalhadores, sejam eles legais ou ilegais.
[Eduardo Vasco] O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, está em visita ao Brasil esta semana. Os principais temas são o criminoso encarceramento de imigrantes latino-americanos (entre os quais, brasileiros) na fronteira dos EUA e o aumento do cerco contra a Venezuela.
Dois países irmãos, afrodescendentes com uma mistura da imensa quantidade de escravos trazidos pelos reinos da França, Espanha e dos corsários holandeses e anglos por cinco séculos. Dois países que compartilham uma ilha no meio do mar, com o mesmo tecido social e com a diferença mínima da língua: na República Dominicana fala-se o espanhol e no Haiti o crioulo.
O Brasil e a Colômbia conseguiram cerca de US$19 milhões do governo dos Estados Unidos (EUA) com a magnificação da migração e a campanha xenofóbica que realiza a gestão do presidente Juan Manuel Santos contra os venezuelanos nos últimos meses.
Em 3 de março, o Diário Liberdade publicou uma matéria em que afirmava que a Venezuela recebeu mais migrantes brasileiros do que o Brasil havia recebido venezuelanos no ano de 2017. Entretanto, como alguns leitores observaram, houve uma confusão nos dados.
Com uma magnificação sobre a migração de venezuelanos, além de uma campanha de xenofobia, presidentes de direita da região e porta-vozes da oposição venezuelana aumentaram seus ataques contra a Venezuela e o governo bolivariano que lidera o chefe de Estado, Nicolás Maduro.
Por si só o pesadelo de imigrar é terrível a ponto de encaixar o indivíduo vítima de tráfico para exploração sexual, laboral e tráfico de órgãos; de homens, mulheres e crianças, sendo as mulheres e as crianças os mais vulneráveis. Sem deixar de mencionar a comunidade LGBTI que, além de ser discriminada, sofre um abuso maior devido à homofobia e patriarcado.
Por Ilka Oliva Corado
Tradução de Raphael Sanz
“Vamos te entregar mas se algo sai errado te matamos”, me disse o coyote apontando-me uma pistola na têmpora.
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