Em reunião realizada na última terça-feira (11), na sede da CUT-Amapá, representantes da CUT e de outras centrais sindicais como Intersindical, CSP-Conlutas e CTB, além de movimentos sociais, de juventude e outras organizações populares discutiram propostas para a construção da grande greve geral do próximo dia 28. A luta será contra a reforma previdenciária, trabalhista e contra o golpe que destituiu Dilma Rousseff (PT), levando ao poder o atual presidente Michel Temer (PMDB).
Para cientista político da Unicamp, base parlamentar do governo Temer não tem legitimidade para mudar Constituição
[Rafael Tatemoto] A proibição do trabalho de menores de 14 anos foi consagrada no país em 1943, com a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Assim como o pagamento de 50% no caso de horas extras. Essas demandas, entretanto, já faziam parte das reivindicações do movimento operário no Brasil desde o início de século 20.
A direita inimiga do povo já mostrou para quê derrubou o governo petista de Dilma Rousseff: promover o maior roubo do patrimônio brasileiro na história desse país. Reagindo a este imenso ataque as organizações populares, dos trabalhadores, das mulheres etc. marcaram para o próximo dia 28 a realização de uma enorme greve geral; um ponto inicial da virada contra os golpistas, para colocar abaixo todas as medidas repressivas, de retirada de direitos elementares do povo.
[Fernanda Montagnner] Rodrigo Maia anunciou nessa quarta-feira que votará a reforma trabalhista dia 19 de abril, cerca de um mês depois do 15M quando a classe trabalhadora mostrou sua força na luta, e 9 dias após a votação prometida por Maia esta sendo chamado um dia de paralisação nacional pelas centrais sindicais, o 28A. A incongruência nos tempos longe de um problema de datas mostra um problema de concepção, a burocracia deu um mês de trégua para o governo, mas esta longe de acabar a vontade de luta dos trabalhadores. Frente ao 28A é possível repetir com ainda mais força o que foi o 15M, existir uma Greve Geral efetiva e de verdade, tomando a luta em nossas mãos com comitês de base nos locais de trabalho e estudo pra derrotar os ataques de Temer.
A base de apoio de Michel Temer na Câmara dos Deputados anda em desacordo. Aprovar as reformas da Previdência Social e Trabalhista ainda no primeiro semestre tem se mostrado mais difícil na prática. As centrais de trabalhadores querem aumentar a pressão sobre os deputados e senadores com as mobilizações durante o mês de abril. Assembleias, plenárias, atos, panfletagens proliferam pelo país rumo à greve geral do dia 28 de abril.
Desde a parte da manhã, diversas categorias paralisaram atividades e outras foram às ruas protestar contra as “reformas” do governo de Michel Temer, especialmente a da Previdência Social, que aumenta o tempo de contribuição para quem quiser se aposentar, mas também a terceirização.
Nesta quinta-feira (24), o plenário do Senado Federal votará a lei das terceirizações: um duro golpe na CLT, uma inequívoca precarização das condições de trabalho e praticamente o fim do funcionalismo público concursado
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