O programa arranca às 12h com o desfile do «Regimento Imortal», uma iniciativa cívica de evocação do derrube do nazi-fascismo pelos soldados da União Soviética na Segunda Guerra Mundial. Ao mesmo tempo, tem a intenção pedagógica de alertar as gerações presentes e futuras para o horror da guerra e das suas vítimas.
A Associação Iúri Gagárin explica que o objectivo principal do desfile, que se realiza há alguns anos em várias cidades do mundo, é «devolver o sentimento de pertença de cada pessoa e da sua família à história da Pátria».
Participar no desfile, adianta a associação, pressupõe que cada cidadão, honrando a memória do seu familiar-veterano, traz a fotografia deste para a Festa da Vitória e toma lugar na coluna do «Regimento Imortal».
O Comício da Vitória e da Paz, que se segue, junto à Fonte Luminosa, terá participações do presidente da Iúri Gagárin, Levy Baptista, e do Embaixador da Federação da Rússia em Portugal, Oleg Belous.
A festa prossegue até às 18h com um programa recheado de momentos culturais mas também de comes-e-bebes com iguarias típicas de vários países.
Há exposições de fotografias da época e um programa de espectáculos do qual se destaca Luísa Basto, acompanhada por Manuel Gomes, à guitarra, e Fernando Gomes, à viola. Agendado para as 16h, este espectáculo conta com a participação de mais de três dezenas de intérpretes russos, ucranianos, moldavos, portugueses e outros.
Além deste, e entre outros, também o Hill's Union actuará na Festa da Vitória e da Paz. Este projecto português representa, além de um tributo a Joe Hill, «um ponto de partida para novas abordagens às canções de Hill, para novos temas, ligados à vida, ao nosso dia-a-dia, à nossa realidade».
Este é o primeiro ano em que a associação Iúri Gagárin, até aqui convidada desta festa, participa na organização da iniciativa.
9 de Maio: Dia da Vitória
O dia 9 de Maio de 1945 assinala a vitória da União Soviética sobre o nazi-fascismo e o fim da Segunda Guerra Mundial, em que pereceram mais de 60 milhões de pessoas, na sua maioria civis, e mais de 20 milhões de soviéticos.
Uma guerra perpetrada pelo capital para fugir à Grande Depressão de 1929 e para travar a luta operária e popular, bem como o avanço do socialismo na União Soviética.
Num tempo em que a ameaça do fascismo volta a pairar sobre a Europa, iniciativas como a desta tarde merecem toda a atenção.