Vai-se realizar no próximo sábado, em Cáceres uma grande concentração, seminários, exposições, momentos festivos e uma manifestação, para pressionar os partidos candidatos às eleições espanholas, e para que estes se pronunciem e se envolvam no processo de encerramento, escalonado das centrais, das 7 centrais nucleares espanholas, e desde já proceder ao fecho de Almaraz.
O Parlamento português, por unanimidade, e diversas autoridades municipais da linha do Tejo, também em Portugal já tomaram posição sobre os riscos desta central, alertados pelo M.I.A. e outras organizações ecologistas, e neste momento é necessário que os empenhos já manifestados pela generalidade dos partidos espanhóis concorrentes às eleições de Junho se alarguem e se mantenham firmes.
Há todavia factos inquietantes, que se prendem, também, com as lógicas pressionantes de sectores da União Europeia, no sentido da continuação e até incentivos aos programas nucleares, ao arrepio de todo o sentido do desenvolvimento na área eléctrica global e também é estranho o silêncio das autoridades portuguesas responsáveis.
O Ministro do Ambiente continua marcado pelas suas infelizes declarações de confiança absoluta nas informações, quais?, do Conselho de Segurança Nuclear espanhola, e do actual governo espanhol, em gestão há 6 meses, que sabemos está longe de consenso sobre os riscos e as consequências dos problemas desta central.
E temos visto técnicos do ministério do Ambiente mentirem descaradamente na comunicação social.
E, embora tenhamos procurado informações é o silêncio mais opaco que cobre a reunião realizada em Viena, Austria, no âmbito da Organização Internacional de Energia Atómica, no dia 14 de Abril, passado, entre a Agência Portuguesa do Ambiente e outras 2 direcções gerais e o Conselho de Segurança Nuclear, espanhol.
O que se terá passado nessa reunião? Que informações terão sido comunicadas? Qual é a situação presente? Sabendo que a qualquer momento novos incidentes podem ocorrer…
António Eloy
Membro do Movimento Ibérico Anti-Nuclear (MIA)