A Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa teve lugar este sábado pela 17ª vez, no habitual ambiente de festa e de palavras de ordem combativas e divertidas, desta vez sob o lema “Celebrar as diferenças, transcender o género!”. O facto de acontecer uma semana após o ataque homofóbico que matou 49 pessoas numa discoteca gay em Orlando, nos Estados Unidos, não passou ao lado da iniciativa.
Numa das faixas do cortejo podia ler-se “Orlando é aqui”, outra tinha as fotografias das vítimas do massacre. O embaixador norte-americano Robert Sherman anunciou a sua presença na iniciativa, num artigo publicado no portal dezanove.pt
Também presente na manifestação, a deputada bloquista Sandra Cunha anunciou que o Bloco de Esquerda está a preparar iniciativas legislativas no âmbito da igualdade de género, uma das preocupações da edição deste ano da Marcha do Orgulho LGBT, que terminou na Ribeira das Naus, onde se está a realizar este fim de semana a Festa da Diversidade.
O manifesto da iniciativa, lida no final da manifestação, defende que seja dada “prioridade aos direitos das pessoas trans”, dez anos depois do assassinato de Gisberta. A discriminação das pessoas LGBT no acesso à saúde e a defesa de “estratégias integradas de prevenção do VIH que incluam o acesso à profilaxia pré-exposição (PrEP)”, estão também na agenda do movimento.