A maior manifestação teve lugar em Madrid, reunindo 20 mil pessoas na capital espanhola, segundo números dos organizadores. O desfile foi organizado pelo movimento Não ao TTIP e pela Aliança Espanhola contra a Pobreza, e decorreu sob o lema «As pessoas e o planeta estão acima das multinacionais. Não à pobreza. Não à desigualdade. Não ao CETA. Não ao TTIP».
Também em Barcelona e em dezenas de outras cidades de Espanha decorreram acções contra os acordos de livre comércio negociados entre a Comissão Europeia o Canadá e os Estados Unidos, que tiveram o apoio de sindicatos e de partidos de esquerda, designadamente o Podemos e a Esquerda Unida.
Igualmente com o apoio de sindicatos e de vários partidos da oposição, cerca de sete mil pessoas manifestaram-se em Varsóvia, segundo relatou a agência RIA Novosti.
O desfile passou perto do Ministério da Agricultura e do gabinete do primeiro-ministro. Os cartazes aludiam aos «acordos tóxicos» que ameaçam a agricultura nacional, repudiavam a «ditadura das multinacionais» e alertavam contra os organismos geneticamente modificados.
Recentemente o parlamento polaco pronunciou-se sobre o CETA, considerando-o economicamente «neutral», não descortinando razões para a não adesão do país.
Ainda no mesmo dia, em França, decorreu um protesto similar que cerca de 30 cidades, em que participaram perto de 40 mil pessoas. Na maior acção, realizada em Paris, os organizadores indicaram perto de cinco mil manifestantes.
Parlamento valão chumba CETA
No protesto foram apontadas as contradições do governo francês, que recentemente se demarcou das negociações do TTIP com os Estados Unidos, mas parece disposto a dar luz verde ao CETA, considerado pelo primeiro-ministro Manuel Valls como um acordo «equilibrado».
Os opositores alertam para os perigos do CETA e exigem que o governo francês siga o exemplo da vizinha Bélgica, onde na véspera o parlamento da Valónia voltou a aprovar uma resolução que inibe o governo do país de assinar o acordo com o Canadá.
Segundo Paul Magnette, ministro-presidente da Valónia, o CETA «não oferece garantias suficientes. A Bélgica não assinará este tratado». O parlamento valão reiterou assim a posição que já havia aprovado em Abril passado. Dias antes o parlamento da Federação Valónia-Bruxelas adoptou uma resolução no mesmo sentido.