A menos de 200 dias da saída do Reino Unido da União Europeia (UE), prevista para o dia 29 de março de 2019, o descontentamento e a insegurança crescem nesse país, bem como a possibilidade da destituição de Thereza May e de um segundo referendo.
[William Dunne] Em maio de 2007, por ocasião da renúncia do então primeiro-ministro do Reino Unido Tony Blair, o jornal britânico Telegraph anunciou o “fim do Novo Trabalhismo”. A manchete era impactante, no entanto, imprecisa. O New Labour (“Novo Trabalhismo”) continuaria no governo com o sucessor de Blair, Gordon Brown, até 2010, apesar do abandono da “marca” criada por Blair.
[Alejandro Acosta] A vitória do “Brexit”, o referendo pela saída da União Europeia, teve como base o aprofundamento da crise capitalista mundial. Mesmo que veja a ser revertido por meio de manipulações ou de novos acordos, o estrago já foi feito. O nacionalismo separatista voltou a se exacerbar, após os resultados do “Brexit” mostrarem que ele não triunfou na Escócia nem na Irlanda do Norte. O governo escocês já começou a se movimentar para a realização de um novo plebiscito pela separação do Reino Unido. Até no pacato País de Gales já começaram a ecoar vozes no mesmo sentido. Isso sem mencionar as pressões por referendos parecidos na Áustria, onde por muito pouco a extrema direita não triunfou nas recentes eleições presidenciais; na Polônia, onde a extrema direita já tem maioria parlamentar e controla a presidência da República; na Holanda; na Bélgica; nos países nórdicos; na Itália e, principalmente, na França, que representa um dos principais componentes da União Europeia, onde a extrema direita, agrupada na Frente Nacional, não para de crescer, enquanto a direita agrupada no novo Partido Republicano, reciclado por Nicolás Sarkozy, a partir da UMP, assumiu uma agenda política muito mais direitista.
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