Ao cabo de quatro anos de negociações, as FARC-EP e o Governo colombiano firmaram esta quarta-feira, em Havana, um acordo que visa pôr fim a um conflito armado que dura há mais de 50 anos.
[Tradução do Diário Liberdade] O Exército de Libertação Nacional (ELN) rejeita o acordo entre o Governo e as FARC para o desarmamento, que em sua opinião dá espaço à repressão contra as reivindicações sociais.
David Florez, porta-voz nacional desta organização, repudiou a afirmação de que dos mais de 100 militantes assassinados, apenas dois estão relacionados com seu trabalho político.
[Javier Sulé / Resumen Latinoamericano] Lucero Nariño diz que não renunciará à luta na vida civil, desta vez sem armas.
[Elaine tavares] A notícia sobre a saída do Reino Unido da União Europeia foi destaque nos noticiários e ofuscou outra notícia importante acontecida na mesma semana: o acordo de paz entre o governo colombiano e as FARC-EP, fato que para as gentes de Colômbia certamente tem muito mais significado do que a longínqua decisão europeia. Mergulhado em um conflito que, na prática, dura 68 anos, o povo colombiano espera pela paz acreditando que, com isso, possa retomar a vida que de certa forma se rompeu no triste “bogotazo”, quando – após o assassinato do candidato à presidência Jorge Gaitán – as gentes se levantaram em rebelião. E o que era para ser um protesto que visava a punição dos culpados e a retomada da legalidade acabou se transformando numa espiral de lutas, violências, crimes e terrorismo de estado.
As FARC-EP não podiam obviar o anseio de paz de seu povo ante o impacto desgarrador de uma guerra que dura mais de 60 anos. Esse anseio tocou seu coração.
A FARC-EP não é só uma estrutura armada ou uma organização militar. Nós estamos nos unindo com diferentes iniciativas de resistências populares, ativas em diferentes áreas da Colômbia.
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc) e o governo colombiano firmaram nesta quinta-feira (23) o tão esperado acordo de cessar fogo bilateral e definitivo. Este é um passo histórico e decisivo para dar fim ao conflito interno que já dura mais de 50 anos. “Chegou a hora de viver sem guerra”, disse o presidente do país, Juan Manuel Santos.
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