[Elson Concepción Pérez] Sem perder tempo, Jair Bolsonaro enviou seu filho Eduardo para Washington, enquanto esperava em casa pelo enviado de Trump para enviar-lhe a mensagem de apoio em sua rápida ascensão antilatino-americana.
[Elaine Tavares] A vitória de Jair Bolsonaro para a presidência fez assomar outra vez o discurso do anticomunismo, como se houvesse alguma ameaça comunista no Brasil. Não há. Mas, isso não importa. O que vale é o que aparece no uatizapi como verdade. E nesse universo dos aliados do presidente eleito até o Partido dos Trabalhadores é comunista. Não é e nunca foi. No máximo, socialdemocrata. Mas, isso também não importa, porque esse discurso parece já bem entranhado na vida de pelo menos 50 milhões de brasileiros. Tanto a mídia convencional quanto as redes sociais têm afirmado e respaldado essa ideia, que aparece como vencedora no imaginário de expressivo número de pessoas.
[Eduardo Vasco] Os pobres do Brasil sempre foram tratados como animais pela direita. Em 500 anos, nunca tiveram um tratamento decente, especialmente em relação ao sistema de sáude.
[Lisandra Fariñas Acosta e Daina Caballero Trujillo] Boticário é uma vila perdida na geografia nordestina do Brasil. Está localizada no município de Santo Amaro de Brotas, muito próximo ao litoral do Aracaju, no estado de Sergipe, porém a mais de 1.600 quilômetros da capital, Brasília.
Especialistas cubanos da saúde lamentam o impacto na população mais humilde do Brasil por sua saída do programa Mais Médicos, postura que qualificaram de necessária diante dos questionamentos do presidente eleito Jair Bolsonaro.
[Felipe Catalani] «A ameaça tornou-se um dos cernes da ideologia: com o poder de ameaçar sente-se que é possível ter algum poder, nem que seja de amedrontar, mesmo que para além disso não se tenha poder algum. A única felicidade possível do bolsonarista – que não é felicidade alguma –é o prazer proporcionado pela ameaça ou pela punição, em que se misturam ressentimentos e requintes de sadismo.»
Para um fascista ganhar a presidência de um país, milhões de fascistas são necessários, que em tempos de democracia acabam dando seu voto a um extremista de direita. Porque uma coisa é uma ditadura sangrenta e outra é que milhões de pessoas votem por um fascista e o tornem presidente.
[Eduardo Vasco] Quando, devido ao processo golpista que já começava a desestabilizar o governo de Dilma Rousseff (PT), Jair Bolsonaro emergiu no cenário político nacional, ele se apresentava como um político pretensamente antissistema. Aproveitando-se da erosão do regime político, como é de costume da extrema-direita e dos fascistas, ele investiu no discurso “contra tudo e contra todos”. Era exatamente o “Messias”. Aquele que acabaria “com tudo isso aí”, varreria o País dos males do sistema, da corrupção, dos privilégios.
Por Anisio Pires*
A situação é muito complicada. A possibilidade de que chegue à presidência do Brasil um obscuro personagem que representa o pior do pior, é preocupante. Abertamente defensor da tortura, descaradamente racista, homofóbico e capaz de dizer a uma deputada frente às câmaras que “não a estuprava porque não valia à pena”, este indivíduo defende que a população se arme para enfrentar à delinquência do mesmo modo que os amigos da “Sociedade Nacional dos Rifles” nos EUA. Mas é pior. Em um encontro recente com mil empresários que fervorosamente o aplaudiram, defendeu sua proposta para acabar com a criminalidade, a qual ele chama ao estilo nazista, “A solução Final”. Propôs sobrevoar com helicóptero um bairro popular (A Rocinha) e lançar milhares de panfletos pedindo aos bandidos para se entregarem em um prazo de 6 horas. Caso não saíssem, daria então a ordem de entrar e metralhar sem misericórdia. O que é mais terrível: que o tenha dito ou que o tenham aplaudido?
[Eduardo Vasco] No regime burguês, todas as eleições, mesmo nos países mais democráticos, são sempre controladas pelos capitalistas. Ainda mais no Brasil, um país da periferia com uma democracia burguesa atrasada – como não poderia deixar de ser – não houve sequer uma única eleição que não tivesse sido fraudada. Após o golpe que derrubou Dilma Rousseff (PT) da presidência, em 2016, ficou claro que a burguesia iria endurecer o controle sobre todas as instituições do Estado. E foi isso que ela fez, colocando tudo sob o controle da direita golpista e pró-imperialista: Judiciário, Executivo, Legislativo, Forças Armadas, polícias e imprensa.
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