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Diário Liberdade
Sexta, 10 Março 2017 21:27 Última modificação em Domingo, 12 Março 2017 16:12

Venezuelanos ratificam compromisso com pátria soberana no Dia Anti-imperialista

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País: Venezuela / Direitos nacionais e imperialismo / Fonte: AVN

A Venezuela —nação que tem como centro o ser humano, assim como a defesa da soberania— se constitui hoje na trincheira de dignidade e de valores em defesa das causas justas da humanidade, ratificou nesta quinta-feira o presidente da República, Nicolás Maduro.

No Paseo Monumental Los Próceres, em Caracas, onde os venezuelanos se concentraram para comemorar o Dia Anti-imperialista na Venezuela, Maduro destacou que o espírito humano, solidário e patriota do país foi fortalecido diante dos ataques daqueles que defendem um modelo baseado na depredação do ser humano: o capitalismo, e que hoje pretende impor-se com a utilização da direita nacional.

"Aprendemos como se defendem as ideias justas da humanidade, e a Venezuela hoje é trincheira da dignidade e dos valores humanos na defesa de um destino melhor para a humanidade. Sigamos assim (...) sigamos transitando todos estes caminhos. Estamos construindo uma história nova. É a história do século XXI", afirmou o chefe de Estado venezuelano.

O presidente Maduro disse que esta história, onde o ser humano deve ser tratado com respeito e onde se imponha uma ideia de sociedade de igualdade e solidariedade, deve ser escrita e ser "admirada em todos os tempos sobre como se construiu uma pátria e um continente de homens e mulheres livres", que também é um dos legados do Libertador Simón Bolívar, resgatado pelo comandante da Revolução Bolivariana, Hugo Chávez.

Povo ativo

Maduro reiterou que na Venezuela, apesar de todas as investidas desmedidas do império, utilizando dirigentes da direita nacional, prevalecerá a paz e os programas que reivindicam as lutas do povo.

"É nosso dever preservar a paz e construir a igualdade, a felicidade e a prosperidade econômica, social, política, moral da pátria e do povo venezuelano", disse Maduro, acrescentando que para isso a participação da população é fundamental.

Ele recordou que o povo organizado é o único que deve traçar o rumo para o futuro da Venezuela e não aceitar intervenções nem ataques de poderes imperiais.

"Por isso devemos ter claro o rumo de nosso país. Ninguém pode vir impor um rumo a nossa pátria, porque a Venezuela é e deve ser dos venezuelanos, dos únicos que devemos traçar o rumo democrático e pacífico", manifestou.

O chefe de Estado disse que nunca antes os Estados Unidos haviam atacado tanto a soberania da Venezuela como fizeram nos últimos quatro anos do governo de Barack Obama, mas também não havia existido na Venezuela um povo que resistisse tanto aos ataques desse tipo.

"Esta é a Venezuela e devem respeitá-la; chova, troveje ou relampeje, devemos fazer que a respeitem pela honra de nossos antepassados, de nossos filhos; passado, presente e futuro de uma só história de dignidade, como nunca antes se escreveu nestas terras", enfatizou.

Maduro reafirmou que o povo venezuelano deve atuar a tempo para seguir preservando o caminho para  paz.

"Atuemos a tempo para seguir preservando o caminho para  paz. Irmãos militares, falo para vocês: esta pátria nunca deve ser manchada e jamais deve ser tocada por um exército estrangeiro. Que ninguém se atreva a tocar esta terra sagrada que amamos com nossa vida. Profundizemos a união cívico-militar, os exercícios Zamora 200 demonstraram que estamos no ponto mais alto e capacitados para defender a nação".

Diplomacia bolivariana da paz

No entanto, Maduro ressaltou a disposição de estabelecer relações diplomáticas de diálogo e respeito com o governo dos Estados Unidos.

"Lhe ratifico para a chanceler a linha central e pela primeira vez digo publicamente: presidente (Donald) Trump não se deixe.. Sim é possível ter outro tipo de relações, presidente Trump", afirmou.

O presidente venezueano disse ainda que repudia as políticas de criminalização promovidas pelos Estados Unidos e outras potências ocidentais contra os migrantes, como a construção de um muro na fronteira do país norte-americano com o México.

"Somos contra a construção desse muro na fronteira porque não é só contra o México mas contra a América Latina. Também rechaçamos a perseguição aos migrantes mulçumanos. Hoje nos levantamos contra a tentativa de um holocausto contra o povo mulçulmano. O povo muçulmano não é terrorista, os terroristas foram criados pela CIA", afirmou o chefe de Estado.

O Dia Anti-imperialista na Venezuela foi decretado pelo presidente da República, Nicolás Maduro, em 2015 como forma de condenar o decreto ingerencista assinado e renovado duas vezes pelo ex-presidente Barack Obama, que declara a nação bolivariana como uma "ameaça incomum e extraordinaria" à segurança da nação norte-americana, que possui um dos exércitos mais poderosos do mundo.

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