"Devemos estar alertas diante da tentativa de reanimar as páginas mais sombrias da organização que promoveu golpes de Estado contra o comandante Chávez", afirmou, ao receber um documento de apoio à Venezuela, por parte dos movimentos sociais e organizações de direitos humanos no país.
Almagro apresentou nesta terça-feira um relatório que rejeita o diálogo nacional e pede a suspensão da Venezuela na OEA, ações que foram denunciadas pelo Estado venezuelano como uma tentativa de estabelecer cenários favoráveis para uma intervenção na nação bolivariana.
A ação, denunciou a chanceler, forma parte de um complô entre a extrema-direita venezuelana e o secretário-geral da OEA, para conseguir derrubar o presidente da República, Nicolás Maduro.
"Embora (...) o povo jamais vai permitir uma intervenção, igualmente temos que alertar sobre estas ações que em cumplicidade com fatores fascistas mais extremistas, antidemocráticos e perigosos da direita hemisférica; (Almagro) movimenta o ódio contra a Venezuela, contra o povo da Venezuela", explicou.
Segundo a chanceler, as intenções de Almagro não contam com o apoio dos países que formam parte do organismo internacional, mas insiste em criar um cenário de intervencionismo na Pátria de Bolívar.
"O senhor Almagro está derrotado no seio da OEA, porque (...) a maioria dos governos sabem o valor que tem a Venezuela, o valor que tem a paz e a estabilidade em nosso país para a região inteira (...) a maioria dos governos está de costas para Almagro", destacou.
Delcy Rodríguez condenou que Almagro incite a direita venezuelana a não participar das mesas de diálogo promovidas pelo Presidente Maduro.
"Este personagem chama a oposição para que não se sente no (processo) de diálogo. Ele é um personagem contra a paz (...) Almagro se transformou no líder contra o diálogo e percorreu o hemisfério para chamar o não diálogo", denunciou.
A chanceler disse que diante desta nova ameaça, os venezuelanos estão alertas para defender a soberania nacional diante de qualquer ingerência, com paz e uma grande demonstração cívico-militar.
"A Venezuela exercerá as ações que correspondam para exercer a integridade da pátria, para defender a paz da Venezuela, o direito à pátria e o futuro de nosso povo que é legado do Libertador (Simón Bolívar). Jamais nos entregaremos a nenhum império", afirmou.