Entre música, baile e palavras de ordem como "Voto sim, balas não", os jovens saíram em passeata pelas avenidas do centro da capital para chegar à sede do Poder EXecutivo e reiterar o chamado à paz diante de setores da oposição que nos últimos 55 dias promovem uma sedição armada, com 56 falecidos.
Freddy Gutiérrez, da Direção Nacional da Juventude do Partido Socialista Unido da Venezuela (Jpsuv), afirmou que o caminho para a Constituinte e a defesa da paz "é a única forma de garantir que a Venezuela siga nas rédeas democráticas e nas rédeas do amor; por isso nós hoje também rechaçamos a violência como arma da direita para fazer política".
Marco Sánchez, estudante da secundária, e Carolina Pérez, da Missão Robinson, consideram que a Assembleia Constituinte é uma oportunidade para aprofundar as conquistas sociais do setor.
"Com esta reforma se blindarão suas conquistas, alcançadas nestes 18 anos de Revolução, para avançar no desenvolvimento social, político e econômico", afirmou Pérez.
Desde o começo de maio, setores populares saem às ruas de Caracas para apoiar a Assembleia Nacional Constituinte e em repúdio à espiral de violência promovida por grupos de sedição organizados por setores extremistas da oposição.
Oportunidade para a juventude
O ministro da Juventude e Esporte, Mervin Maldonado, afirmou que a Assembleia Nacional Constituinte permitirá um grande diálogo entre os venezuelanos.
"A Venezuela é um país de paz. Somos de coração nobre, trabalhadores, amantes da vida. Não queremos a morte, o terrorismo,isso nunca caracterizou o venezuelano. A imensa maioria apoia essa convocação", disse, acrescentando que atualmente os jovens têm um papel protagônico, resultado das políticas implementadas pela Revolução Bolivariana.
Maldonado ressaltou que mais de 10 milhões de jovens estudam, o que representa o quinto lugar em matrícula universitária no mundo.
A marcha também contou com a particpação de Eías Jaua, chefe da Comissão Presidencial da ANC, que reiterou que o diálogo nacional está aberto com essa convocação, "pela paz, pelo futuro, pelas idéias que legitimarão 545 homens e mulheres como expressão da soberania popular sobre a base de um modelo de convivência, de respeito, de uma nova espiritualidade e o fortalecimento dos direitos sociais do povo".