A principal proposta é a de investigação em no máximo 30 dias para encontrar os empresários que acumularam fortunas durante a guerra econômica que a Venezuela sofre, um processo no qual grandes redes de supermercados e comércio estocam produtos básicos e especulam para obter elevados lucros e desestabilização a economia do país com um pesado desabastecimento. A Lei Constituinte de Imposto a Grandes Patrimônios taxará os culpados.
“Peitaremos os grandes patrimônios surgidos da guerra econômica. Que sejam os que mais têm que financiem a vida econômica do país”, disse Maduro durante seu pronunciamento.
"Se pechará grandes patrimonios surgidos por guerra económica. Que sean quienes más tienen quienes financien la vida económica del país" NMM
— Érika Ortega Sanoja (@ErikaOSanoja) 8 de setembro de 2017
O presidente venezuelano também anunciou que, a partir desta sexta-feira (8), o salário mínimo irá aumentar em 40%. Este é o quarto aumento salarial do ano na Venezuela e o 40º desde o início da chamada Revolução Bolivariana, com a eleição de Hugo Chávez em 1999. Dos 40 aumentos salariais, 19 foram na gestão de Maduro, que está no cargo desde que foi eleito em 2013.
O líder chavista afirmou ainda que o governo implementará medidas para combater as sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos contra a Venezuela, especialmente contra a petroleira estatal PDVSA. Entre elas, serão abertas negociações com proprietários de títulos emitidos pelo Estado e será fomentada a captação de divisas provenientes da produção de petróleo. Outra medida é o pagamento em moedas diversas, como o yen, o euro e a rúpia, para transações internacionais, evitando usar o dólar para driblar o bloqueio econômico.
Ajuda humanitária
Mais cedo, partiram da Venezuela dois aviões com destino à Antígua e Barbuda, ilha caribenha que sofre com a passagem do furação Irma pela região. Neles, foram transportadas 10 toneladas de alimentos, medicamentos, água potável, material de primeiros socorros e 34 especialistas em proteção civil.