“Este plano permite nos apropriar coletivamente do método de governo do comandante Hugo Chávez, para alcançar uma gestão mais eficiente que nos permita cumprir com a transformação revolucionária do Estado, para acabar com o esquema do Estado burguês que foi historicamente constituído na Venezuela”, expressou o vice-presidente de Planejamento, Ricardo Menéndez em declarações aos meios de comunicação.
Indicou que este esquema iniciou sua fase de desenvolvimento nos últimos quatro meses de 2016 – compreendido entre 1º de setembro e 31 de dezembro – em dez corredores de Barrio Nuevo, Barrio Tricolor para atender de forma simultânea dois temas. “O primeiro é garantir a paz e a visão constitucional do país para derrotar a violência e o segundo se refere à gestão no social e econômico”, disse.
Menéndez destacou que esta nova forma de gestão nas ruas prioriza o desenvolvimento dos projetos elaborados pelo poder popular para atender suas necessidades e projetar seu crescimento na área produtiva.
“Não é uma visão clássica onde você tem um diagnóstico, chega a uma avaliação e se realiza um documento de planejamento, para depois ir à realidade. Este é um processo que está em permanente interlocução com a realidade, se traçam as linhas principais e de trabalho com as comunidades e ao mesmo tempo se vão aplicando os métodos de gestão. Não é a visão de planejamento a partir dos escritórios e distante da realidade, mas das instituições presentes nas comunidades”, explicou.
Escala local e sub-regional
O vice-presidente de Planejamento indicou que este Plano da Pátria Comunal se aplicará através de duas escalas: a local e a sub-regional para alcançar a transformação integral do modelo de gestão do Estado.
A primeira se baseia na linha da felicidade social que abarca o socialismo no territorial, os serviços, a infraestrutura, o equipamento urbano e as linhas sociais que têm a ver com as missões e grandes missões.
“Na escala local, o Plano da Pátria depois que o poder popular o elabora, termina sendo o roteiro do Governo popular, do novo método de gestão em que todos os ministérios se unem no seio das comunidades para enfrentar os temas que tem sido definidos como os nós críticos para o desenvolvimento”, expressou Menéndez.
Em cada um dos corredores dos bairros se definem planos com ações e tempos concretos de execução, se definem quem são os responsáveis e se avaliam as decisões que a comunidade tomou, e se a abordagem é de curto prazo ou de médio prazo.
O também ministro de Planejamento assinalou que na escala sub-regional o protagonismo é assumido pela área econômica, já que “são sub-regiões de desenvolvimento econômico, que compreendem a abordagem e a concentração de forças de todos os ministérios para impulsionar um desenvolvimento dos fatores produtivos com base nas potencialidades que tem cada zona do país” para promover o desenvolvimento da Agenda Econômica Bolivariana.
“Por exemplo, na zona de Los Andes existe potencialidade para o desenvolvimento de horticultura de planaltos, em Portuguesa e Guárico há um potencial para a produção de cereais”, explicou.
“Com essas duas estratégias, local e sub-regional, aspiramos gerar uma transformação integral do Estado, que se procure uma maior eficiência, uma otimização dos recursos que temos neste momento e nos centremos em pôr para escanteio os que querem perturbar a paz, avançar no desenvolvimento econômico e proteger o povo”, ressaltou Menéndez.
Povo planejador
O processo de implementação do Plano da Pátria compreende a formação do poder popular e os representantes das instituições em matéria de planejamento e de cartografia participativa. Nos últimos oito meses na Escola Venezuelana de Planejamento se ofereceu formação a 510 pessoas e estão acelerando os processos para chegar a 1.300 pessoas formadas que agirão como facilitadores nas comunidades.
Menéndez destacou que graças às políticas de inclusão e empoderamento popular, o povo organizado conta com uma alta consciência política e de abordagem social, o que lhe permite apresentar suas propostas baseadas na visão de mudança do modelo econômico, soberano, métodos de gestão social, a construção de uma nova geopolítica e o ecossocialismo, tal como está estabelecido no Plano da Pátria 2013-2019.
“Quando o Conselho Comunal se pergunta como o plano se aplica ao bairro, está se apoderando do Plano da Pátria, que é um documento que se identifica concretamente com as comunidades e seu desenvolvimento. O planejador é o povo e não uma elite, não é apenas mais uma experiência, mas uma transformação do método de gestão do Estado: mantemos as mesmas metas com menos recursos, a lógica está com a mudança de gestão”, afirmou.
Durante os últimos quatro meses de 2016 estima-se abordar 50 corredores em todo o país e para o primeiro semestre de 2017 esta cifra chegará a 250 corredores que estarão desenvolvendo seu Plano da Pátria Comunal em articulação com o Estado.
Agencia Venezuelana de Notícias | Tradução do Diário Liberdade