Para exigir um basta de desemprego, de retirada de direitos sociais e trabalhistas, de privatizações, de aumento do gás e dos combustíveis e dos ataques do governo, a Unidade Classista em unidade com as centrais sindicais convoca o conjunto da classe trabalhadora para se somar na mobilização do dia 10 de agosto por todo o país.
[Elaine Tavares] Tarde de quinta-feira. O posto da Caixa Econômica Federal, um dos bancos públicos brasileiros, está lotado. São quase 100 pessoas sentadas nos bancos azuis, com olhar perdido no vazio, esperando. Antes de entrar, precisam passar pelo constrangimento de esvaziar suas bolsas ou coloca-las num escaninho que, mesmo na agência central, parece coisa do século passado. Leva-se pelos menos uns 10 minutos no trâmite de pegar a chave com um garoto que distribui senhas, abrir o cadeado que fecha uma corrente na porta do armário. Coisa bárbara. Lá dentro o ambiente é tóxico. Rostos ansiosos e tristes. Por ter de estar ali pagando contas, e por passar pela absurda espera. Como sempre, há poucos caixas, fruto do sistemático desmonte das empresas estatais brasileiras. Também os trabalhadores tem o rosto pesado, superexplorados que são. A tensão ali dentro é concreta, quase se pode pegar com a mão.
Milhares de franceses marcharam hoje em numerosas cidades do país para manifestar sua rejeição à reforma trabalhista impulsionada pelo governo, na segunda grande jornada de um ciclo de greves e mobilizações que continuará nos próximos dias.
Depois de mais de 50 dias de negociação sem sucesso, funcionários dos Correios de 20 estados e do Distrito Federal decidiram na noite desta quarta-feira (20) entrar em greve por tempo indeterminado. Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), apenas os estados do Acre, Rondônia e Roraima ainda não aderiram à paralisação.
O efeito da reforma trabalhista é a maior derrota que a classe operaria teve em toda a sua história, independente das perfídias que a imprensa burguesa use contra as leis trabalhistas.
[Rute Pina] Com o dia a dia corrido, a paulistana Janaína Silva quase não consegue ver os filhos, de 14 anos e 2 anos. Ela trabalha em um trailer que vende lanches e salgados, próximo ao metrô Barra Funda, em São Paulo (SP), e conta que tem entre 3 a 4 horas de sono por dia.
A sátira pode ter por objetivo a denúncia de certos males que atingem nossa sociedade. Esse pequeno texto é uma tentativa de aproximar os versos de Saudosa Maloca, de autoria de Adoniran Barbosa, com a atual reforma trabalhista em andamento [1]. Nesse caso, a canção de Adoniram é, inclusive, pedagógica na sua relação com a conjuntura atual.
Por 296 votos a favor e 177 contra, deputados corruptos delatados em escândalos de corrupção acabam de jogar nossos direitos trabalhistas no lixo, aprovando a reforma de Temer. A Câmara deverá votar agora 17 emendas ao projeto apresentado pelo relator Rogério marinho (PSDB-RN), que retira uma série de direitos garantidos atualmente pela CLT. É um dos maiores ataques à classe trabalhadora em anos, defendido por Temer e maioria na Câmara dos delatados, além de contar com o apoio de empresários milionários como o Prefeito de São Paulo, João Doria.
[Rafael Tatemoto] A proibição do trabalho de menores de 14 anos foi consagrada no país em 1943, com a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Assim como o pagamento de 50% no caso de horas extras. Essas demandas, entretanto, já faziam parte das reivindicações do movimento operário no Brasil desde o início de século 20.
O governo Temer tenta aprovar a Reforma Trabalhista ainda neste semestre. A proposta já está sendo discutida no Congresso e é repudiada pelas centrais sindicais e movimentos sociais.
Quem somos | Info legal | Publicidade | Copyleft © 2010 Diário Liberdade.
Contacto: diarioliberdade [arroba] gmail.com | Telf: (+34) 717714759