Organizada desde às 6 horas da manhã até as 6 horas da tarde, a paralisação contou com alguns adeptos, mas boa parte da população foi trabalhar normalmente.
Em Caracas, o fluxo de pessoas nas ruas foi normal. Os comércios funcionaram e alguns foram abrindo aos poucos e as pessoas foram ao trabalho como de costume, segundo a agência AVN. O transporte público ficou ativo e o metrô da capital venezuelana lotou nos horários de pico.
El Metro de Caracas #YoTrabajoPorLaPatria pic.twitter.com/F0RJX8U3yL
— Ernesto Villegas P. (@VillegasPoljak) October 28, 2016
Em outros estados, a situação não foi muito diferente, de acordo com o jornal El Universal. Em Trujillo, ao longo da manhã a pouca movimentação que existia foi desaparecendo e às 11:00 tudo já estava normal. Em Táchira, não havia muita movimentação, mas as ruas não estiveram vazias. A circulação de pessoas em Mérida foi praticamente normal. Carabobo e Maracaibo também viram seus habitantes irem trabalhar normalmente.
No estado de Falcón houve pouca diminuição de veículos nas primeiras horas da manhã e também no número de estudantes. As escolas particulares foram as que mais sofreram paralisação. Profissionais liberais, como advogados, também atenderam ao chamado da oposição.
No entanto, os petroleiros do estado de Falcón, assim como os do estado de Anzoátegui, organizaram manifestações contra a convocação de paralisação feita pela direita e em defesa do governo.
Segundo o presidente Nicolás Maduro, 80% das universidades funcionaram esta sexta-feira em todo o país, com exceção de algumas universidades particulares. Ele anunciou na quinta-feira (27) um aumento de 40% no salário mínimo.
Respondendo às ações da oposição, manifestantes chavistas se reuniram em massa em Caracas e marcharam até o Palácio de Miraflores, sede do governo, para defender as conquistas da Revolução Bolivariana na área da Educação. Trabalhadores e estudantes se organizaram para apoiar as políticas de educação gratuita e de qualidade implementadas pelo governo.
Há exatos 11 anos, em 28 de outubro de 2005, a Unesco declarava a Venezuela território livre do analfabetismo. Desde a chegada de Hugo Chávez à presidência da República, a educação gratuita e de qualidade passou a ser um direito de toda a população graças à Constituição de 1999, que foi uma das propostas eleitorais de Chávez. O acesso ao ensino superior, por exemplo, cresceu 223% entre 1999 e 2015, segundo a AVN.
#PORTUGUESA Así está nuestro pueblo, desbordado de amor por la Patria... #YoTrabajoPorLaPatria @NicolasMaduro pic.twitter.com/L0RnVKN6up
— Juventud PSUV (@JuventudPSUV) October 28, 2016
No estado de Portuguesa, uma multidão também foi às ruas defender o governo bolivariano e “a paz e a vida”.
Neste sábado (29), militantes do PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela) farão mobilizações de rua em todo o país para conscientizar a população sobre as tentativas golpistas da oposição e como derrotá-las nas ruas.