Segundo reportagem do Pravda.Ru, uma conspiração revelada em 2012 na qual estão diretamente envolvidos ex-presidentes latino-americanos tem por objetivo derrubar governos progressistas da região, dos quais três já foram alvo.
Manolo Pichardo, político dominicano que participou da conversa “por acaso”, decidiu denunciar o que chamou de “Plano Atlanta”, em alusão à cidade estadunidense em que se deu a reunião conspiratória.
No encontro, entre ex-presidentes da direita latino-americana, um ex-mandatário sul-americano explicou que o plano consistia de duas etapas: a primeira, executar uma campanha nos meios de comunicação contra os presidentes progressistas e a segunda, com os líderes já na defensiva, processá-los judicialmente para interromper seus mandatos e impedi-los de participar da política.
Segundo Pichardo, o orador citou nominalmente meios brasileiros e um juiz também brasileiro, dos quais não consegue lembrar o nome.
Após a derrocada dos presidentes de Honduras, em 2009, e do Paraguai, em 2012, o Plano Atlanta conseguiu implementar a campanha exitosa de Impeachment contra Dilma Rousseff no Brasil, em 2016. Mas a “joia da coroa”, segundo o dirigente dominicano, seria o ex-presidente Lula da Silva.
A perseguição a qual o líder petista está sendo submetido, pela mídia e pelo Judiciário, são fortes indícios da denúncia de Pichardo, o que pode ser visto também na Argentina, com Cristina Kirchner, no Paraguai, com Fernando Lugo, e no Uruguai, com o vice-presidente Raúl Sendic.
Além disso, as frequentes investidas golpistas na Venezuela, Equador e Bolívia também reforçam o poderio devastador do plano continental.