Um problema fundamental é a drástica redução do tempo de campanha. Serão pouco mais de 40 dias e uma campanha cheia de restrições, às quais se não forem cumpridas poderão resultara em severas punições. A justiça eleitoral e a mudança na legislação aprovada no Congresso estabeleceram regras para toda e qualquer modalidade de campanha, desde tamanho para adesivos (inclusive de carros), diminuição do tempo de TV e rádio, passando por limite de gastos na campanha de prefeito e vereador, até o fim do financiamento empresarial da campanha.
Tudo isso é feito a pretexto de democratizar e tirar o controle do poder econômico das eleições e da política. Mentira. As mudanças tornam as eleições ainda mais antidemocráticas, aumenta o controle da burguesia, e a dependência dos partidos e dos políticos da imprensa capitalista, de direita.
É praticamente impossível, inviável que partidos pequenos ou pessoas comuns, sem grandes aparatos, advogados, contadores, e gente especializada consiga sequer cumprir com toda as obrigações burocráticas dos tribunais eleitorais. Quem atua na área já disse que deve haver uma “judicialização extremada do processo eleitoral”, destaca o advogado eleitoral e bacharel em Ciência Política Rodrigo Pedreira.
Depois da cláusula de barreira que já foi aprovada, mudanças que estão por vir propostas pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) pretendem reformar o regime eleitoral no sentido de restringir o espectro político com a perseguição à esquerda, ao PT, para o Brasil se tornar um País de sistema totalmente controlado pela direita; já que até mesmo o PT (já não existiriam PCO, PSTU, PCB, PCdoB e nem mesmo PDT e outros) existiriam, seja legalmente, seja com condições mínimas de disputar as eleições.
A tudo isso está aliado o monopólio da imprensa capitalista que, com as restrições para a propaganda eleitoral, se consolidam como principal meio de divulgação de candidatos. E todo mundo sabe como a imprensa é manipuladora, caluniadora, farsante e fraudadora. Inclusive as pesquisas de opinião que têm bastante espaço nas eleições.
Isso ficou mais do que comprovado na fraude do jornal Folha de S. Paulo com pesquisa do Datafolha nos últimos dias. O jornal mentiu sobre os resultados para beneficiar o governo golpista, afirmando que 50% da população preferia/apoiava o golpista Michel Temer.
O monopólio da direita sobre as eleições em 2016 busca resultados bastante concretos, entre outras coisas, a vitória dos golpistas para aumentar o poder da direita a nível nacional.