Ele foi internado na UTI em estado crítico no dia 1º de maio, e faleceu na tarde desta quarta-feira às 17:45, informou a página de fãs de Benayon no Facebook. Wanessa Ribeiro, enteada de Benayon, confirmou a morte em seu perfil na rede social.
Doutor em Economia, Bacharel em Direito, diplomata de carreira em diversos países e professor universitário, Benayon destacou-se nos últimos tempos por seus excelentes artigos analisando as questões geopolíticas, econômicas, políticas e sociais brasileiras a partir de um ponto de vista verdadeiramente nacionalista e anti-imperialista.
Adriano Benayon defendia uma política desenvolvimentista e a total soberania nacional do Brasil perante o poder dos grandes grupos econômicos, empresariais e financeiros, e das potências imperialistas, principalmente os Estados Unidos. Alertava para a total entrega do petróleo brasileiro a partir dos processos golpistas constituídos na Operação Lava Jato, mas também implementada durante os governos petistas.
Ele escrevia para diversos veículos de comunicação brasileiros e mantinha uma coluna no Diário Liberdade, chamada “Brasil de Pé”. Seu último texto, escrito em abril, foi publicado no último dia 5, e intitulado “Antecedentes da enganação”.
O artigo termina com uma nota sobre a aprovação da continuação do processo do Impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, na Câmara dos Deputados, no último dia 17 de abril:
“O que mais impressionou, afora a ignorância de tantos representantes da prostituição política reinante, foi o cinismo: enrolados na bandeira pátria, gritando 'Viva o Brasil!', enquanto aceleram a demolição do pouco que falta para completar a alienação da soberania nacional, operada de 1954 até hoje... O império angloamericano vale-se de irrecuperável regime político, formado e controlado por ele, e colhe mais frutos dos investimentos em ignorância e corrupção que realiza, há mais de 70 anos, no País.”