do golpe institucional em nosso país, os ataques à educação que retiram o direito ao futuro da juventude, a falta de moradia, as demissões e as que sentem na pele a opressão racista, machista e LGBTfóbica. Isso porque na região metropolitana existe o mesmo quadro geral de fortalecimento da direita nas eleições com a vitória de magnatas como Vittorio Medioli em Betim e empresários como João Leite, Kalil e Alex de Freitas no segundo turno.
Na capital mineira, a população terá que decidir entre dois empresários golpistas, João Leite do PSDB e Alexandre Kalil do PHS. O mesmo partido do PHS elegeu no primeiro turno o prefeito e empresário Vittorio Medioli, que declarou bens no valor de mais de 352 milhões de reais, a maior fortuna entre todos os prefeitos eleitos até então, maior até mesmo que os bens do magnata João Doria, prefeito também eleito no primeiro turno na capital paulista. Enquanto os políticos milionários e privilegiados vivem em suas mansões em meio a fortunas como também a do ex-presidente do Atlético Alexandre Kalil, a região metropolitana de BH vive um déficit de 150 mil moradias: um claro contrate com as mansões desses senhores.
Já em Contagem, há o candidato golpista e empresário Alex de Freitas do partido de direita PSDB, o mesmo de João Leite em BH, que concorre com o ex-prefeito Carlin Moura do PCdoB. Alex de Freitas conta com todo o aparato do partido de direita e golpista do PSDB, com homenagens especiais de Aécio Neves para sua candidatura e mostra que por trás de uma cara de novidade vive o velho PSDB que em nome da eficiência retirou direitos dos trabalhadores com o choque de gestão e é envolvido em diversas denúncias de esquema de corrupção tanto em Furnas quanto no chamado “mensalão mineiro”. Assim, o slogan de campanha do PSDB que diz que “Contagem vai mudar”, só pode ser se for pra pior.
Contra essa direita que tenta também em nossa cidade chegar ao poder, a alternativa não é dando um voto para o atual prefeito Carlin Moura, que em seu slogan diz para “não trocar o certo pelo duvidoso”. Isso porque a atual gestão de Carlin Moura, em aliança com os interesses dos empresários e poderosos, foi a que reprimiu greves de trabalhadores como a da educação em Contagem e a que perdoou as dívidas dos empresários dos transportes enquanto a população seguiu perdendo horas de suas vidas no transporte caro e de pouca qualidade. Nesse projeto de conciliação de interesses irreconciliáveis que Alex de Freitas era parte do governo de Carlin sendo secretário de desenvolvimento econômico e que o PCdoB hoje se alia com o PSDB, PMDB e golpistas no segundo turno em cidades como Teresinha, Maceió, São Bernardo do Campo. É impossível lutar contra a direita continuando a abrir mais espaço para ela. Por isso que votar no PCdoB não significa um voto contra a direita.
É preciso combater a direita reacionária e construir uma esquerda anticapitalista e revolucionária, que supere a história de conciliação de classes levada a frente pelo PCdoB e PT, para que construamos uma saída independente dos trabalhadores. A juventude que hoje luta contra a reforma do ensino médio que visa acabar com a educação pública e contra a PEC241, que ocupa escolas e protagoniza atos e assembleias de base nas escolas tem seu próprio papel nos caminhos de nosso país e não precisa mais depositar nenhuma confiança nem seu voto nem no candidato golpista Alex de Freitas mas tampouco em Carlin Moura e seu projeto que não trará nada de bom, somente mais desilusão.
Para nós do MRT (Movimento Revolucionário de Trabalhadores) esta batalha não se finda nas eleições, pelo contrário, as eleições são uma parte importante desta disputa. Por isso queremos seguir caminhando junto com cada pessoa que nos apoiou e votou contra o atual governo golpista e contra os privilégios dos políticos e para que todos os políticos ganhassem como uma professora, para que fortaleçamos a luta contra a direita e seus milionários que disputam votos na região metropolitana de BH, com independência dos partidos de conciliação como o PT e o PCdoB defendendo agora o voto nulo no segundo turno das eleições.
A cada um que foi uma voz anticapitalista no primeiro turno e aos 693 votos na candidatura de Flavia Valle, fazemos o chamado para ser parte conosco de protagonizar novas lutas na cidade, como a mobilização contra as medidas d governo golpista que atacam a educação, como a MP que reformula o ensino médio e contra a PEC241 que retira verbas da educação; para ser um colaborador da importante mídia de esquerda que é o Esquerda Diário que já alcança 750 mil acessos mensais; e para conhecer as ideias do MRT que luta com a perspectiva de colocar abaixo o capitalismo e conquistar um verdadeiro governo dos trabalhadores de ruptura com o capitalismo.